Quem não tem plano de saúde, nos perigosos (em todos os sentidos) dias de hoje, não tem absolutamente nada que lhe garanta um pelo menos razoável atendimento médico e muito menos a realização de qualquer tipo de exame. Ninguém consegue viver tranqüilamente diante de tudo o que acontece diariamente, no Rio de Janeiro e quem não tem a supostamente ampará-lo um plano de saúde menos, muito menos, tranqüilo está.
Mas a verdade é que, diante dos extorsivos, abusivos e vergonhosos preços cobrados pelos planos de saúde é impossível para qualquer assalariado (e conseqüentemente arrochado) da classe média manter um plano individual de saúde e muito menos para toda a família. Nos permitir acesso a um bom atendimento em relação à saúde é obrigação do estado mas é pura ilusão acreditar que, mesmo num futuro muito distante, o governo resolverá esse problema e dará ao povo o atendimento de saúde que precisa e merece, mesmo porque paga muito caro, através de impostos, por isso.
A preocupação com a saúde também é tema constante de conversas nos botequins da vida e dia desses surgiu uma idéia, na verdade mais um sonho, que pode vir a ser viável se houver interesse em resolver o problema. Se os planos de saúde têm lucros fabulosos, embora vivam chorando e dizendo o contrário, porque o governo não cria o seu próprio plano de saúde. Funcionaria mais ou menos assim: os assalariados da classe média pagariam uma mensalidade não muito alta (de acordo com o salário) e teriam o direito de atendimento médico em hospitais credenciados (exatamente como acontece com os milionários planos particulares) que receberiam o preço das consultas e das internações diretamente do governo, de acordo com a tabela da AMB, a mesma utilizada pelos planos de saúde. Assim o atendimento médico ficaria mais espalhado e deixaria mais vazios hospitais da rede pública para atender somente a chamada classe baixa, que também receberia uma carteirinha (afinal esse é o país das carteiradas e carteirinhas) para atendimento em hospitais da rede federal, estadual e municipal.
É claro que o papo e o sonho no boteco da esquina entusiasmou e não foram poucas as idéias surgidas diante da possibilidade de se ter no país um único,digamos, plano de saúde oficial. Que funcione
* Como nos botequins da vida nunca faltam idéias a conclusão é que o governo precisa frequentar os botecos. Afinal, nesse país só não se faz o que não se quer. E pelo visto, também em matéria de saúde, não se quer fazer nada
sábado, 13 de fevereiro de 2010
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