sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Crônica - DE DIA NA FILA

Tempo é dinheiro. Desde criança ouvimos falar isso e já adultos continuamos sem entender exatamente o que essa afirmação realmente significa. Ainda mais por aqui. No Brasil perde-se muito tempo e, portanto, dinheiro. É tempo perdido em intermináveis filas, especialmente nos bancos que nos tratam sem o menor respeito mesmo que utilizem nosso dinheiro para enriquecer os banqueiros. Sem precisar entrar na fila.
Argumenta-se que bancos são mais generosos porque oferecem ar-refrigerado e alguns até umas cadeiras para a turma sentar, sinal evidente de que os bancos sabem que a espera será grande e que é melhor esperar sentado porque em pé cansa. Nos primeiros minutos fila de banco é divertida: ouvimos várias histórias (geralmente sobre assaltos ou outro tipo de violência) e reclamações. Todas sobre o país “que não respeita ninguém e nada”.
Fila em banco parece ser um problema sem solução e se não me engano há uma lei municipal que obriga os bancos a atenderem seus clientes com no máximo vinte minutos na fila (o comum é ficar uma hora ou mais), mas essa lei também caiu no esquecimento. Os bancos usam nosso dinheiro e ainda nos maltratam sem dó nem piedade. A crueldade é maior com os velhos, obrigados a ir ao banco buscar suas míseras aposentadorias e acabam ficando um tempão na fila, mesmo que tenham prioridade no atendimento.
Acabar com as filas nos bancos parece ser uma realidade muito distante até nesses tempos em que ir ao banco significa enfrentar muitos perigos e desconforto. Afinal o próprio Brasil vive na fila.
* Em tudo e para tudo

Um comentário:

  1. Hoje ouvi a Ana Maria Braga dizer que quem inventou a fila foi a formiga. Boazinha né?!
    Eu não furo fila e nem uso a prioridade. Ainda. kskksskksks

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