sábado, 20 de fevereiro de 2010

PREPARE-SE PARA FAZER MAIS UM EXAME MÉDICO. HAJA PLANO DE SAÚDE

Há um grande empenho para diminuir (se possível acabar) com a automedicação que se transforma em mais um grave problema de saúde (remédios errados podem criar muitas complicações), mas acabar com os “médicos de esquina” só será possível quando a ciência-médica e a mídia (jornais, revistas, televisões e rádios) pararem de dar todo dia ênfase a uma nova doença ou um novo tratamento para males que nos perseguem há anos. O leigo se impressiona (todo mundo acha que é um pouquinho médico) facilmente e cada vez que lê ou ouve falar de uma nova doença ou um novo e milagroso tratamento cuida logo e por conta própria de precaver-se. Descobertas científicas da medicina (assim como bulas de medicamentos e resultados de exames) só deveriam ser divulgadas para e entre os médicos. Só os profissionais podem tratar adequadamente dos leigos. Agora um novo mal está enchendo a cabeça do leigo (ainda bem que já, já não haverá mais remédios expostos nas farmácias). A novidade é a gordura visceral abdominal que se for superior a 150 cm2 aumenta em quase três vezes as chances de adquirir doença arterial coronariana. Pesquisa do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de Faculdade de Medicina da Universidade São Paulo (USP) revela que acima de 100 ou 110cm2 começam a surgir complicações metabólicas da gordura visceral, como aumentos nos níveis de glicose, colesterol e hipertensão. A pesquisa alerta que a gordura visceral é muito mais perigosa do que a subcutânea e uma das explicações para a não detecção da gordura visceral (se encontra em uma estrutura mais profunda dentro da cavidade abdominal) é a falta de instrumentos para isolar o tecido adiposo subcutâneo. A gordura visceral não aparece nos exames comuns que por isso não indicam uma associação com a doença arterial coronariana. Certamente a partir de agora novos e mais profundos exames começarão ser pedidos pelos médicos. Só nos resta torcer para que os planos de saúde não criem como costumam fazer dificuldades para a realização dos novos exames.

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