A ciência procura exaustivamente a cura para o câncer, a solução definitiva para a Aids; a economia busca fórmulas financeiras que possam facilitar a vida de todos; os governos procuram (ou fingem procurar) maneiras de melhorar a vida do povo. Em cada setor, em cada ser humano a necessidade da busca, da descoberta, das definições é uma presença constante, mas a grande procura do homem é sempre a do amor. O que será mesmo o amor? Poetas, todos eles, já procuraram definir o amor, esse sentimento que pode até variar de pessoa e de intensidade, mas que ainda não encontrou a sua verdadeira definição. A interrogação que envolve o amor é a mais intensa e definitiva busca do homem. O homem raramente percebe que o verdadeiro amor é aquele que cada um a carrega dentro de si e do qual pode dispor na hora que quiser e da maneira que melhor entender. É difícil mesmo perceber o amor quando, de uma maneira geral, ele funciona (e é, infelizmente, na maioria das vezes) como uma troca: “só dou meu amor se receber amor ou outra coisa qualquer em troca” - esse é quase sempre o mecanismo que funciona em cada um de nós. Até para que o amor não seja só um sentimento de doação inventou-se que amor dói. Mentir: amor não dói, não machuca, não emagrece não mata. Amor faz falta e, portanto, o que dói não é o amor é, isso sim, a ausência do amor. Amar alguém perdidamente (nesse amor que envolve homem e mulher, ou melhor, que envolve o contato físico entre duas pessoas) ao contrário do que canta a música popular e ao que escrevem os poetas, não dói mesmo: o que dói, repare bem, não é o amor que você está entregando (ou querendo entregar) : essa “dor” é provocada pelo amor que você não está recebendo, o tal do amor não correspondido e portanto ausente em uma das partes e nesse caso, repito, a tal da dor do amor é resultado da falta do amor que você gostaria de receber tanto quanto tem para dar. Na verdade essa quase sempre angustiada busca da definição do amor (como se um sentimento assim precisasse de alguma explicação) é que não nos faz perceber que vivemos cercados de amor, o nosso e o dos outros.
Olha eu aí tentando também, de uma forma ou de outra, mas como todas elas sem lógica, definir o amor que, evidentemente, não tem lógica e, por isso mesmo, não tem (e nem precisa) definição. Talvez o melhor seja aprendera lição que aprendi (ainda estou tentando aprender) com uma amiga: o importante é perceber e aceitar o amor nas várias formas de amor que a vida tem pra nos dar.
*Com amor
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
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