O disse não disse ou o disse, mas não
é bem assim adotado por Marina Silva em seu discurso eleitoral começa a
repercutir (mal é claro) na imprensa nacional e internacional e entre experientes
analistas políticos que já acreditam que o fogo Marina está apagando e que o
balão começará a perder altura até cair já nas próximas pesquisas de intenção
de voto. Pesquisas divulgadas ontem pelo Datafolha er pelo Ibope já confirmam
essa queda que se acentuará mais daqui para frente. O Brasil está acordando.
Para a imprensa Marina e seus desencontros verbais
tem sido um alvo fácil. O jornal espanhol El País também esta atento e não poupou
críticas: “Bastaram 24 horas para que Marina Silva desse um passo atrás na
defesa do matrimônio gay, que havia proclamado na apresentação de seu programa
eleitoral”. No site Infoltam, especializado em América Latina o pesquisador
Carlos Malamud, do Real Instituto diz que Marina apresenta dois flancos débeis:
“um é a sua falta de experiência, o outro a sua errática política em defesa de valores
morais vinculada à sua condição de crente evangélica”.
Na Folha de São Paulo, o experiente jornalista
Clovis Rossi não faz por menos: “o lamentável escorregão na defesa de valores
morais representa o fim do passeio no bosque que vinha sendo a irrupção de
Marina na cena eleitoral”. Rossi diz ainda que “mais lamentável é a supressão
do item que previa a criminalização da homofobia. Não se trata de uma questão
ideológica ou religiosa, pela simples razão de que o respeito à vida é
essencial e é proclamado por todas as religiões. É possível que Marina tenha
iniciado o que os marqueteiros adoram chamar de desconstrução”.
Para o jornalista Jânio de Freitas,
também um atento jornalista, “com Marina foi mais fácil para estar em cima, não
precisou fazer campanha, começou a dizer o que não pensa”.
O jornalista Elio Gaspari vai fundo:
“Não se pode cobrar a candidatos coerência nem fidelidade aos seus programas.
Embromar é coisa diferente, velha como aquilo que Marina diz combater. Mudar
para que tudo continue como está é um truque velho. Acobertamentos e dissimulações
trazem o risco de que tudo fique diferente, porém pior”.
Resumindo tudo o que se diz a conclusão é
inevitável: Marina presidente é um perigo para o país. Nesse caso melhor pensar
muito antes de votar. (Eli Halfoun)
P. S. - Ontem começou a circular a
notícia (divulgada por Ancelno0 Gois em O Globo, mas ainda não confirmada
oficialmente que Aécio Neves (aparece na última pesqui9sa com apenas 14% das
intenções de votos) estaria disposto a renunciar (o prazo fixado pela Justiça
Eleitoral termina no próximo dia 15) e ao lado de Pezão, candidato do PMDB ao
governo do Rio, formar no bloco de Dilma Roussef, o que enfraquecia ainda mais
a possibilidade de Marina Silva vencer a eleição. (E. H.)
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