Ficou um gostinho de quero mais e
assim a impressão que de que o fim de “A Grande Família” deixou capenga as
noites de quinta-feira na televisão. O último episódio do seriado recordista e
permanência no ar foi bom, mas ficou faltando alguma coisa, talvez mais emoção
e depoimentos de telespectadores e críticos. Não houve no último episódio nenhuma
intenção ou preocupação em vender uma emoção barata de despedida. Creio que a
intenção era fechar um ciclo sem promover uma despedida definitiva, o que tenho
certeza não acontecerá: o programa volta (anotem) dentro de no máximo um ano e
o público o receber de braços abertos como, aliás, sempre o recebeu. Produzir
uma despedida lacrimejante não fazia nenhum sentido porque essa grande família
distribuiu alegria durante os seus muitos episódios. Não tenho dúvidas de que o
mesmo elenco que se dizia cansado da repetição de personagens agora carrega uma
dolorida saudade das gravações semanais e dos personagens que por digamos estabilidade
faziam parte de cada um dos excelentes atores. Mesmo sem a menor intenção de
fazer o público chorar não há dúvidas de que o episódio supostamente final arrancou
lágrimas dos telespectadores : afinal durante muitos anos todos fizemos de certa
forma parte dessa família brasileiríssima. Foi como nos obrigar a perder um
importante hábito das noites de quinta-feira.
“A Grande Família” partiu deixando mais do que uma imensa saudade.
Deixou a certeza de que é possível fazer seriados divertidos com gente e temas
brasileiros. É para o público brasileiro que a televisão existe. (Eli Halfoun)
terça-feira, 16 de setembro de 2014
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