quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Candidatas querem votos e esquecem do importante eleitorado feminino


Seria cômico se não fosse sério. O título da peça famosa se adapta perfeitamente a corrida eleitoral presidencial. Vejamos: Aécio Neves continua praticamente brincando de ser um candidato forte, embora pesquisas de intenções de votos mostre - e cada vez mais - – justamente o contrário. Os outros presidenciáveis estão no time só para fazer número e sempre souberam que não teriam a menor chance de desempacar nas pesquisas e nas. A eleição presidencial está polarizada entre duas mulheres: Marina que todo dia fala, fala e não diz nada e está desmontando seu plano de vôo até perder o chão para aterisar em segurança. Dilma se recupera nas pesquisas, faz discursos tipo “promessas e promessas”, mas ainda não tem como tinha no começo tanta certeza de que será reeleita.

O mais estranho é que embora duas mulheres estejam brigando pau a pau pela Presidência da República nenhuma das duas parece interessada no voto feminino. Estão tão centradas em si mesmas que esqueceram de perceber a grandeza e a importância do voto das mulheres e o que é pior de um plano de pelo menos fingir que tem um plano de governo feito também para a poderosa ala feminina, que é na verdade a que mantém esse país de pé em todos os sentidos. Dilma e Marina estão deixando as saias de lado certamente porque não estão informadas sobre os números do eleitorado feminino. Deveriam estar: o Brasil tem hoje 74,4 milhões de eleitoras, o que significa 52% do eleitorado. Também não perceberam ainda que pela primeira vez na história do país (e talvez do mundo) três mulheres (Dilma, Marina e Luciana Genro) disputam a Presidência da República. O eleitorado feminino está mostrando seu descontentamento pelas redes sociais, através de blogs assinados por importantes mulheres e por movimentos e entidades femininas. Todas reclamam que nenhuma das três candidatas apresentou qualquer proposta em favor das mulheres no emprego, contra a violência de que são vítimas, das desigualdades, das restrições de direitos sexuais ou de reprodução. Mulheres esquecidas podem significar eleição perdida. (Eli Halfoun) 

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