A programação normal da televisão
enfrenta dificuldades contra o horário político0 eleitoral que imposto ao
público tem feito os telespectadores saírem da rotina de manter o mesmo hábito
todas as noites. As novelas principalmente enfrentam uma dura batalha para manter
o interesse do público nessa dança de horários. Em “Império dos Sentidos” o
craque Aguinaldo Silva se vê obrigado a criar cenas que mantenham o público sintonizado.
Ocorre que no horário eleitoral os telespectadores recorram as emissoras
alternativas ou a internet e dificilmente se ligam novamente nas emissoras convencionais
quando o horário político dá um merecido descanso ao eleito-telespectador. Por
isso mesmo nesse momento de mudanças obrigatórias de horários é quase impossível
saber a real situação (em termos de audiência) das novelas, mas ainda assim
algumas justificam o digamos “sacrifício” de assisti-las. Em “Geração Brasil”,
que é uma novela divertida, vale a pena ver o excelente trabalho desenvolvido
por Luís Miranda na criação da personagem Dorothy, uma transexual que se
assumiu mulher de verdade (só que ao contrário da “Amélia” de Mario Lago e
Ataulfo Alves cheia de vaidade): que desfila diante das câmeras é uma mulher
mesmo em uma criação nada caricatural e que confirma o talento do ator que, aliás,
tem uma carreira repleta de bons e criativos personagens. ”Geração Brasil” tem
um elenco afinado, mas pó destaque maior é a presença de Claudia Abreu com uma
impecável Pamela Parker, que não escorrega em nenhum momento naquele difícil
sotaque de carregar por capítulos e mais capítulos. As presenças de Miranda e
de Claudia são um alívio para quem por falta de alternativa é obrigado a
assistir mesmo que não preste muita atenção, aos canastrões do horário
político. (Eli Halfoun)
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