quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

HISTÓRIAS UE A VIDA ESCREVEU

Chico Buarque começava a fazer sucesso com “A Banda” e precisava frequentar programas de televisão para divulgar outras músicas. Foi escalado para fazer, na Globo, a “Discoteca do Chacrinha cantando “Pedro Pedreiro”, que dizia num dos trechos “Pedro Pedreiro esperando, esperando, esperando o trem.. A letra era enorme e parecia não ter fim. Minutos antes do programa começar o então tímido Chico foi procurado, nos bastidores, pelo Velho Guerreiro, que depois de ouvir “Pedro Pedreiro” no ensaio, chamou Chico num canto e pediu: “
- Meu filho não dá para fazer esse trem chegar mais cedo.
Chico não entendeu nada, sorriu e cantou a música inteira, mesmo percebendo que Chacrinha estava aflito para que o trem chegasse.

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Se o final foi trágico o início da Rede Manchete foi, para muita gente, deslumbrante. Adolpho Bloch era um dos mais entusiasmados com seu novo “brinquedinho”. Fazia questão de acompanhar tudo de perto no estúdio e uma tarde, no estúdio lotado e movimentado, percebeu a presença de um rapaz cabeludo, barbudo e mal vestido, que acompanhava atentamente as gravações. Todos trabalhavam e só o cabeludo não fazia nada. Apenas olhava. Adolpho percebeu não gostou e chamou o diretor Jayma Monjrdim e ordenou:
- Aquele cabeludo não faz nada. Demite ele
Sem graça o diretor olhou e respondeu:
- Não posso fazer isso, seu Adolpho. Ele nem é funcionário da casa
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Se hoje Martinho da Vila é um sambista respeitado em todos os segmentos sociais, no início, ainda sargento do exército, precisou fazer gastar muita saliva colando selos. Em sua primeira participação no festival Bienal do Samba, da Rede Record, Martinho não economizou em selos para enviar cartas e mais cartas para todos os integrantes do júri pedindo “uma força” para a música que estava apresentando.
Nem precisava: a música era ótima
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Ciro Monteiro, cantor que se fez famoso apresentando batucando uma caixinha de fósforos (depois surgiu o chaveiro do Orlandivo), morria de medo de avião e viajar para apresentar-se em outros estados era um verdadeiro tormento. Mas lá ia ele, pálido, quieto e rezando todo o tempo. Em uma viagem do Rio para São Paulo embarcou trêmulo, sentou e imediatamente começou a rezar para um santo pouco conhecido. O jornalista Sergio Cabral que viajava ao lado de Ciro ficou intrigado e sugeriu:
- Ciro por que você não reza para um santo mais conhecido
O sambista respondeu:
- É que para os conhecidos todos rezam e eles ficam muito ocupados. Rezo para esse porque deve estar mais livre
E continuou rezando...
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Linda e sensual Sandra Brea, que hoje é saudade, viajou nos sonhos eróticos de muita gente famosa. Deixava o diretor superintendente de uma famosa editora enlouquecido e um repórter percebeu isso e resolveu fazer média, puxar o saco e vingar-se do chefão.
- Prometi uma capa para a Sandra e ela vai te encontrar amanhã no Hotel Nacional, em São Conrado (Rio). Você se hospeda e fica esperando.
O chefão animou-se, mandou reservar suíte de luxo e já na manhã de um sábado estava no hotel, em São Conrado, Rio, esperando animadíssimo pela grande tarde e noite.
Esperou, ansioso, o sábado inteiro, o domingo inteiro e na segunda-feira voltou ao trabalho. Imediatamente chamou o repórter
- Você é um imbecil, prometeu, prometeu e ela não apareceu.
O repórter deu uma gargalhada
- Nem podia. Ela não sabia de nada
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Na mesa do escurinho bar, em Copacabana, Rio, estava um jornalista eum cantor conversando artistas quando um hoje falecido empresário chegou e juntou-se ao grupo. Estava inquieto e não parava de olhar fixamente para alguém do grupo. Conversa vai, conversa vem o jornalista para quem o empresário olhava sem parar foi ao banheiro e o empresário sem perder tempo foi atrás. No banheiro o empresário disfarçava e olhava para a “vítima” que fazia xixi. O empresário não resistiu e atacou a vítima, que deu um pulo e exclamou
- O que é isso cara!
Sem perder a graça o empresário respondeu:
- Desculpe, mas é que a carne é fraca..

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