O lenço
molhou de tanto limpar o suor de quem tem a infelicidade de correr atrás de uma
internação hospitalar particular, público ou com plano de corrida por um
documento original ou segunda via. Nessa
atormentada corrida o sacrificado cidadão lembra ainda mais da música de
Caetano Veloso ( “caminhando conta o
vento/sem lenço documento/ no sol de quase dezembro, eu vou, eu vou). E como
vai: a busca de quem precisa de uma internação documento, qualquer que seja,
pode começar em janeiro e terminar no sol de quase dezembro.
São muitos os meses de espera
e, portanto, de um tempo perdido que poderia ser duplamente útil ou
simplesmente fatal. Pedir que ao plano que agilize a internação é ter que mesmo
doente esperar mais um punhado de dias esperar por mais de dois, três meses por
um fundamental documento que promete estar pronto em trinta dias, o que já é
demais, mas mesmo assim se que se prolonga além, muito além, dos prometidos dias.
Lamentável na busca de solução
par um problema de saúde é que nesse período tudo o que o cidadão necessita,
seja documento oficial Tudo depende do
documento que te exigem mas os planos
não te entregam e se não entregam não poderiam exigir. Sem lenço, sem
documento, nada no bolso ou nas mãos o cidadão fica sem entender o que motiva
tão absurda demora que exige que ele, cidadão, gaste o que não tem e sem
documento nem pode receber para ser atendido.
Caminhar contra o vento é a longo e
obrigatório percurso imposto a qualquer pessoa mulher que acaba que precise ser
internado para comprovar que está doente. através de documento, que ganhou
oficialmente um novo esta. A primeira corrida é para a nova identidade, que sem
ela não é possível fazer mais nada: a tentativa de adiantar o pedido de outros
e necessários documentos esbarra na exigência de ter a identidade e como a
identidade não sai a recém casada continua com marido, mas sem lenço e sem
documento.
Nesse triste jogo de empurra é que um documento sempre fica faltando e todosos documentos ficam meses a esperar por
um único documento que facilitaria a depois de muita peregrinação ainda no
deixa sem lenço, sem documento e mais doentes e mais doentes .
O documento fica preso no órgão que deveria liberá-lo
imediatamente . Ou pelo menos no prazo prometido. O lenço molhado de suor acaba
servindo também para enxugar as lágrimas, inevitáveis diante de tantas súplicas
para conseguir um simples documento que lhe é de direito. Tanta espera faz
parar a vida às(às vezes com a morte) vida do cidadão
* Como se ele também fosse um pedaço sujo de papel e
(Eli Halfoun)
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