“Nada envelhece mais que ficar
lembrando de um passado que será sempre melhor que o presente” - a frase foi “pescada”
de uma recente crônica de Nelson Motta (70 anos) publicada em Globo e reflete a
mais cristalina verdade da vida. Muitas pessoas (idosos principalmente) vivem,
aliás, nem vivem algemadas a um passado que só serve para escrever história. Não
significa que as boas lembranças do que percorremos pela vida sejam esquecidas
no fundo do baú da memória, mas ficar escravo do passado nos impede de seguir em
frente, o seja, de viver o presente e um possível futuro sempre promissor.
Em relação aos idosos há cruel aspecto:
viver o presente exclusivamente do passado faz obrigatoriamente recordar de
amigos que já se foram e que a nossa vez por melhor que tenha sido o passado
está chegando a nossa hora. Para que entrar na fila da morte. O passado
praticamente será enterrado com a gente, a não ser que seja transformado em um
livro de memórias que é só para o que o passado serve. O passado já foi (não
volta mais), o presente está aí a nos mostrar sempre que em qualquer circunstância
ainda existe um futuro para construir e conquistar. O presente e o futuro são
(serão sempre) o passado de amanhã e se soubermos conduzi-los deixarão sempre
boas lembranças, o que não significa que em qualquer idade tenhamos que viver
envelhecendo com o passado. A vida é bola pra frente. O resto é saudade e uma maneira
de rapidamente nos condenarmos a um envelhecimento que devemos tentar adiar por
mais que ele seja inevitável. Não para esquecê-lo, mas para lembrar que nunca é
tarde para o futuro. (Eli Halfoun)
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