Em meus muitos anos (bota muitos são
50 nisso) dedicados ao jornalismo nunca concordei com a idéia de preencher
espaço (parece falta de assunto) no final do ano com retrospectivas. Sempre defendi
a tese de que com um novo ano se iniciando mais importante do que lembrar de um
passado jornalístico nem sempre muito agradável (geralmente é uma decepção
doída com a humanidade) o mais importante seria e é dedicar esse mesmo e enorme
espaço ao futuro que está apenas começando. O passado fez sua história e
pode ser consultado sempre e
jornalisticamente nos arquivos de jornais, revistas, televisões e rádios. Sei
que não dá prever e muito menos inventar o futuro, mas sei também que mostrar
através de analistas bem informados, como ele, o futuro, deverá ser economicamente,
profissionalmente e até pessoalmente. Minha teoria nunca foi aceita e eu mesmo
tive de pautar retrospectivas procurando sempre um forma diferente de mostrar a
retrospectiva, ou seja, o passado recente. Nessa época o que passou se impõe
jornalisticamente e erradamente como presente. O maior interesse dos leitores é
planejar o que virá. Retrospectivas só mostram claramente que o passado passou
e, portanto, importante é caminhar para o futuro, inclusive jornalisticamente.
(Eli Halfoun)
quinta-feira, 1 de janeiro de 2015
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