sexta-feira, 9 de abril de 2010
TV paga vende programas, mas oferece anúncios
Não é segredo para ninguém que a televisão paga (ou se preferirem por assinatura ou a cabo) não conseguiu no Brasil o sucesso que esperava quando de sua implantação. Nem poderia: além de cobrar caro, muito caro, por uma assinatura, prestar um péssimo serviço e não oferecer uma programação apetitosa (pelo contrário é até indigesta de tanto que é repetida) e ainda pior cima empurra goela abaixo do telespectador que um turbilhão de anúncios. Levantamento feito pela Associação de Defesa do Consumidor Pro Teste a pedido do Ministério Público mostra que o assinante de TV a cabo é obrigado a assistir a até 23% de publicidade nos canais contratados. O estudo mostra ainda que nos canais infantis (criança sofre) o numero de anúncios é acima dessa média. Com esses resultados em mãos já se fala na urgente necessidade de uma regulamentação para a publicidade veiculada nos cansais pagos. O exagerado número de anúncios é considerado, além de abuso, prejuízo para o consumidor que “tende a pagar mais por publicidade do que por programa”. Há quem sugira que o telespectador pode mudar de canal. Pode sim, mas encontrará no outro os mesmos anúncios e o mesmo número e veiculações. A televisão paga não chegou em nenhum momento aos mais de 12 milhões de assinantes que pretendia e esperava. Segundo a Anatel existem hoje no país 6,6 milhões de assinantes de TV e prelo visto a tendência é esse número estabilizar-se mesmo com os apelos da Copa do Mundo. Quem paga quer bons programas até porque alguns anúncios são muito caros até de graça.
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