terça-feira, 27 de abril de 2010

Chartreuse, um licor desse mundo,mas de outro século

Um licor após uma boa refeição significa prazer e um delicioso digestivo, mas apenas um entre os muitos fabricado em quase todo o mundo, tem uma receita, mantida até hoje em segredo, anterior ao século XV. É o Chartreuse, considerada uma das bebidas mais misteriosas do mundo. Produzido artesanalmente apenas por monges do monastério de Grand Chartreuese, em Voiron, na França. O licor é o único que possui uma cor verde completamente natural conseqüência das 130 ervas que fazem parte da receita. Assim como a receita que produz um licor verde e outro amarelo, as ervas utilizadas pelos monges também tem seus nomes revestidos de segredo e mistério, impedindo que seu sabor possa ser copiado. O Chartreuse ainda é produzido na mesma destilaria de onde em 1605 saíram as primeiras garrafas. Conta a história que em 1605 François Hannebal d’Eastrésse, chefe da artilharia do rei Henrique IV, presenteou os monges da região com uma antiga receita de um elixir para a vida longa. Primeiro foi produzido o Elixir Végétal de la Grande Chartreuse contendo 71% de álcool misturado as ervas e para ser vendido com fins medicinais. Até que em 1737 os monges perceberam que as pessoas compravam o elixir por causa de seu sabor e partir disso passaram a produzir um licor mais adocicado e com menos teor alcoólico, que diminuiu de 71 para 55%. Somente em 1838 os monges criaram a versão amarela, o Yellow Chartreuse mais doce e com 40% de álcool. A cor amarelada foi conseguida com a utilização de açafrão. Tanto na cor verde ou na amarela o Chartreuse ainda é considerado um dos mais caros e melhores licores do mundo, proporcionando experiência única ao paladar.

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