quinta-feira, 15 de março de 2012

Neymar não pode ganhar o jogo sozinho. Precisa de uma seleção de verdade

Ninguém tem dúvidas de que mais dia menos dia o futebol mágico de Neymar ganhará os campos da Europa. O que parece estranho, muito estranho, no momento é que o técnico da seleção, Mano Menezes, esteja querendo empurrar Neymar imediatamente para longe do Brasil com o fraco argumento de que assim ele será mais útil para o nosso time. Jogar no competitivo futebol europeu repleto de craques será sem dúvida uma excelente e inevitável experiência para nosso garoto e ouro, mas isso não significa absolutamente que assim ele será melhor para o selecionado canarinho. Não dá para acreditar com convicção que afastar Neymar, ainda um menino brincalhão de 20 anos, venha a ser tão benéfico assim: a imediata transferência de Neymar para a Espanha, Itália ou outro país de milionário futebol é um imenso risco emocional já que o craque juvenil terá de ficar longe da família e especialmente do pai, de quem é dependente emocional e profissional já que é “Neymarzão” que orienta (e bem) a carreira e a vida do menino que ainda brinca com a bola. Em relação a seleção brasileira parece que o problema é outro: estão querendo jogar nas costas do menino a responsabilidade adulta e absurda de ter que resolver sozinho um problema que não é dele, mas sim de um time sem comando, sem tática e sem entusiasmo. Neymar é bom demais, mas por melhor que seja jamais será capaz de ganhar um jogo sozinho: futebol é um esporte coletivo que depende de onze atletas e de quem os comanda fora de campo. Quando o Brasil tiver novamente um time acertado para a Copa do Muno de 2014 aí sim Neymar será mais útil ao coletivo, jogando aqui ou na Europa. Até lá e covardia transferir para um menino de 20 anos uma responsabilidade (ganhar os jogos sozinho) que ele não pode ter. Nem ele e nem outro jogador. (Eli Halfoun)

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