sexta-feira, 9 de março de 2012

CRÔNICA ---- Aquele abraço

Virou lugar comum dizer que não existe definição para o amor e nem a maneira de mostrá-lo com toda a intensidade. Não é bem assim: na busca de palavras definam o maior sentimento que o homem aprendeu (será que aprendeu mesmo?) ater deixamos de perceber (até porque temos praticado pouco) que a maior, melhor e mais tensa demonstração de todos os tipos de amor está no abraço – naquele abraço apertado que geralmente levados por um impulso físico costumamos dar (é verdade que cada vez mais raramente) ns pessoas que amamos ou queremos e precisamos amar.
Nenhuma palavra, nenhuma canção, nenhum poeta e nenhum beijo conseguem demonstrar com absoluta verdade a intensidade e a sinceridade do amor como o abraço tem a força de revelar. É o abraço que junta os corpos e no aperto dos corpos abraçados deixa fluir o sentimento que na maioria das vezes temos medo de mostrar.
É claro que existem várias formas de abraçar, mas o abraço só tem valor se estiver acompanhado da sinceridade que só o amor consegue reunir. Um abraço apertado e absolutamente sincero vale mais do que todas as palavras, olhares e beijos. Nenhuma declaração ou demonstração de amor é mais sincera do que o abraço. É o abraço forte, apertado que mobiliza todo o corpo, que mostra proteção, afeto, amizade e intensidade. Mostra tudo o que esperamos e procuramos do e no amor.
Basta uma simples reflexão para descobrir quantas e quantas vezes nos deixamos emocionar pelo abraço. É uma emoção que se impõe até mesmo quando vemos na rua, no cinema ou na televisão duas pessoas se abraçando de forma generosa e com entrega. O abraço sincero costuma nos levar às lágrimas porque é exatamente isso que procuramos, embora na maioria das vezes mantenhamos nosso abraço contido como se não tivéssemos (e muitas vezes não temos) coragem de revelar o amor que sentimos.
O abraço é sempre a mais intensa demonstração de nossos melhores sentimentos. É com um ou mais abraços que mostramos aos filhos quanto os amamos; é com o abraço que oferecemos proteção; é com o abraço que consolamos; é com o abraço que afagamos e não só aquele que estamos abraçando, mas também o nosso próprio corpo porque estamos abraçando de verdade nossos próprios sentimentos.
Quando estamos com medo (sempre estamos) procuramos o abraço de alguém; quando estamos com saudade é o abraço quer nos faz a falta maior; quando estamos tristes é o abraço quer nos conforta; quando estamos sozinhos é o abraço que desejamos; quando estamos alegres é no abraço que dividimos a alegria e o prazer de estar feliz.
Por mais que continuemos buscando definições e gestos que demonstrem nosso amor nada jamais será tão intenso e sincero quanto o abraço. Palavras se perdem, beijos se esquecem, carinhos perdem a importância. Só o que fica mesmo e para sempre é o abraço. Quantas vezes você já não se pegou pensando nos abraços que recebeu nas mais diversas situações impostas pela vida. O abraço é eterno: o abraço físico pode durar apenas um ou dois minutos, mas emocionalmente não existe tempo de duração para deixar aquele abraço marcado definitivamente em todos nós. Abraçar é sentir, abraçar é amar.
Quanto tempo faz que você não da um sincero e apertado abraço em alguém? Está esperando o que? Abrace agora a pessoa que está ao seu lado e perceba o quanto o abraço também te fará afagado, amado e feliz. Abraçar o próximo é acima de tudo abraçar a vida. (Eli Halfoun)

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