domingo, 11 de março de 2012

CRÔNICA ------ Cidade limpa

Agora que começara a propaganda eleitoral eleição será farta a quantidade de papeis e sujeira que os candidatos nos oferecerão junto com promessas e mais promessas. Portanto, é preciso ficar de olho na conduta dos candidatos: tem muitas sujeira por aí, especialmente na política, da qual a gente não consegue se livrar. Imundice política costumamos empurrar para baixo do tapete e quando pensamos estar livres ela reaparece mais imunda. Lá vamos nós empurrá-la outra vez para um cantinho, o que não limpa absolutamente nada, mas sempre dá um ar de limpeza. Pelo menos uma esperança.
Se esse tipo de sujeira nos faz impotentes há outra, da qual também somos os culpados, que nos deixa circulando diária e praticamente em um chiqueiro. É a sujeira das ruas que por mais que sejam varridas nunca desaparece e não desaparece porque nós a sujamos outra vez imediatamente após te sido varrida.
Manter uma cidade limpa é questão de educação e nesse sentido nós não temos nenhuma: jogamos em qualquer parte papéis rasgados, latas vazias, maços e pontas de cigarro, papéis de bala e, se bobear, até documentos. Isso acontece mesmo quando existe por perto uma caixa coletora de lixo. Parece vício, uma estanha mania de querer viver na sujeira, mesmo sabendo que uma cidade limpa melhora a qualidade de vida.
A distribuição de felipetas de propaganda é sem dúvida uma das maiores responsáveis pela sujeira que se espalha por todas as ruas. Pode não ser a mais eficiente, mas ainda é a maneira mais barata de fazer propaganda eleitoral. Resultado: o que se vê por aí são dezenas de desempregados distribuindo papéis (praticamente nos agridem e nos assustam para que apanhemos uma felipeta) que são imediatamente jogadas ao chão sem sequer serem consultadas. Na verdade não sabemos que ofertas estão nos papeizinhos que jogamos no chão para ao final do dia cumular um monte de sujeira..
Não se trata de proibir a distribuição de felipetas (qualquer tipo de proibição é absurda), mas sim de criar mecanismos que obriguem a que se faça uma limpeza ao final de, digamos, um dia de expediente. A distribuição das felipetas acaba sim proporcionando trabalho (emprego é outra coisa) para dezenas de pessoas que ainda não tem emprego. O primeiro passo para evitar que a cidade continue sendo transformada em um enorme latão de lixo é reeducar o povo. Acabar com o maldito vício de achar que a rua é um depósito de sujeira, ensinar a dar mais um ou dois passos até encontrar local apropriado para desfazer-se do papel que não serve.
É difícil, muito difícil, reeducar pessoas que já se acostumaram a fazer das calçadas uma lixeira, mas uma vez mais é preciso tentar e buscar fórmulas que conscientizem até o mais absurdo dos “sugismundos”. Afinal, uma cidade limpa (limpa de tudo) é uma cidade mais saudável, mas viável, mais elegante e o retrato de uma população que é limpa em tudo. Está em nossas mãos limpar a cidade e o país de todas as sujeiras. As visíveis e as invisíveis. Basta evitar que o lixo se acumule. e não jogar lixo em qualquer lugar.Vamos limpar tudo.É para isso que existem as vassouras – vassouras que podem varrer até pessoas desonestas da política. Que precisa estar tão limpa quanto a cidade, No caso da política faça de seu voto uma eficiente vassoura. (Eli Halfoun).

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