quinta-feira, 8 de abril de 2010

Experiência dos idosos não pode ir para a lata do lixo

Não demora muito a população brasileira (e talvez mundial) de idosos será maior do que a de jovens. Vários estudos comprovam isso, assim como mostram que é possível ter longevidade até na saúde e na força física. Mesmo assim os idosos continuam sendo alijados, principalmente por aqui, do mercado de trabalho, de atividades sociais e muitas vezes até da vida como se já estivessem sobrando. Os velhos ainda podem ser muito úteis em vários setores e se não tem mais (mas isso só depois, às vezes bem depois, dos 80 anos) a mesma capacidade física para desenvolver alguns tipos de trabalho podem ser muito úteis como, por exemplo, excelentes e experimentados conselheiros e apaziguadores em um mundo cada vez mais desagregado e incompreensível também no sentido de um jovem não querer ouvir e muito menos entender outro jovem. Uma vez mais é a ciência quem garante que pessoas mais velhas “são mais sábias e sabem administrar conflitos humanos”.
O estudo avaliou 247 pessoas e foi feito pela Universidade de Michigan, Estados Unidos. A pesquisa diz que “não se trata de quantos fatos um pessoa conhece ou da capacidade de operar um controle remoto universal, mas da capacidade de lidar com desentendimentos”. O estudo conclui também que “os mais velhos têm maior probabilidade, na comparação com jovens e pessoas de meia-idade, de perceber que as pessoas podem ter valores diferentes, reconhecer incertezas, aceitar que as coisas mudam e reconhecer outros pontos de vista”. “O efeito da idade - diz ainda o estudo - – na sabedoria se mantém em todas as classes sociais, níveis de educação e de pontos de vista”.
Fica claro uma vez mais que tratando nossos velhos como estamos fazendo jogamos fora a sabedoria de quem já viveu muito para também ensinar muito. Idosos podem, sim, trabalhar e ser excelentes conselheiros para qualquer tipo de empresa. Experiência e sabedoria não precisam de força física. Só de vida vivida.

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