“A esperança venceu o medo” – as frase transformou-se no símbolo e em um espécie de “grito de guerra’ nas campanhas de Lula e se hoje não faz mais tanto sentido assim continua sendo repetida em conversas, em discursos, na vida. Esperança e medo ficam mais próximas, como se de mãos dadas estivessem, quando somos submetidos a um dos muitos exames que os médicos nos mandam fazer ( depois que inventaram os planos de saúde, que nos exploram cada vez mais, os médicos viraram, em sua maioria apenas “pedidores de exames”) nos laboratório que, graças ao excesso de pedidos de exames, se multiplicam em todo o Brasil.
Você marca o tal exame (eco dopller, ultrassonografia, ressonância magnética e muitos mais para determinado horário e te deixam ali ( é verdade que cercado de razoável conforto e de bonitas recepcionistas) durante um tempão. O nome faz justiça: você, eu, todos nós, ficamos numa sala de espera... espera... espera... espera. A longa espera é penosa porque faz qualquer pessoa ficar mais doente ou imaginar isso enquanto finge, na sala de espera...espera...espera que folheia uma revista velha nesse esperar que parece ser sem fim. O que será, me pergunto sempre que sou obrigado a frequentar uma dessas salas de muita e paciente espera o que estará passando pela cabeça das pessoas. Repare só como um sorriso amarelo ,como se diz no popular, tenta disfarçar o que as pessoas estão realmente sentindo e pensando naquele momento. É,. N o fundo, o medo, o mais absoluto medo. O resultado é que quando finalmente você, paciente do médico e paciente também no sentido de ter paciência é chamado para fazer o exame já está esgotado. Quando, enfim, deita na maca para ser submetido ao computador-médico, sua cabeça só pensa no pior ( vai me dizer que não). Disfarçadamente você estica, um olho para tentar ver o que o computador está mostrando, vê imagens estranhas ( nosso corpo é muito esquisito internamente), não entende nada e aí o medo vira pavor e você pensa o pior.
É nesse momento principalmente que medo e esperança se unem de verdade: o medo de estar com alguma doença grave e a esperança de que tudo esteja bem. O medo é sempre intenso (não existe medo pela metade, meio medo), mas a esperança consegue ser ainda maior. Porque sem esperança nunca se vencerá nada.
* Muito menos o medo
quinta-feira, 1 de abril de 2010
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