Faz algum tempo jornais, revistas, programas de televisão e de rádio começaram a abrir, especialmente em época de festas, espaço para enaltecer e até discutir a vaidade masculina. Os homens – esses quase sempre preconceituosos – passaram a se interessar por produtos (alguns prometendo verdadeiros milagres que nunca se realizam) para retardar o envelhecimento, disfarçar as rugas, manter o cabelo sedoso e pintar os fios brancos, como se necessário fosse esconder a idade que é uma conquista do tempo.
Os homens passaram a assumir a vaidade que, sem exageros, é até saudável. Hoje os homens já não parecem ter tanta vergonha de dizer que usam um cremezinho aqui, outro ali, que frequentam salões de beleza para depilar e arredondar as sobrancelhas e outros procedimentos que antes só eram supostamente permitidos e assumidos pelas mulheres que sempre fizeram desses cuidados e da vaidade exagerada uma espécie de bandeira de luta na conquista da beleza e, em consequência na conquista desse mesmo homem que hoje disputa e divide com ela os mesmos cremes, a mesma preocupação com o belo, com o estar bonito. Sem, essa de valorizar só a beleza interior : quem gosta de beleza interior é radiografia
Embora só agora esteja sendo discutida e assumida mais abertamente a vaidade masculina sempre foi atuante e se não buscava cremes para disfarçar muitas coisas ( mesmo porque os cremes são, esses sim, uma novidade dos tempos masculinos modernos) havia outras buscas: os homens de, digamos, antigamente, não dispensavam uma cheirosa (às vezes nem tanto) loção de barba, um creme ou óleo ( quem não lembra do Glostora e do Gumex) para manter o topete sempre imponente. As velhas polainas também sorriam mais branco e as roupas eram bem talhadas ( não havia tantas roupas prontas nas vitrines). Os bigodes estavam sempre bem cuidados e a cada vez que o homem olhava para um espelho era inevitável dar uma ajeitadinha torcendo o bigode, além de e passar o pente no cabelo.
O que mudou não foi a vaidade masculina. Nasceu uma nova preocupação com o manter-se bem fisicamente para estar e parecer saudável de todas as formas. O homem de hoje – e foi muito mais isso o que mudou realmente – perdeu – (ainda bem) o preconceito contra ele mesmo e descobriu em tempo que cuidar do visual é cuidar da saúde e, portanto, se faz cada vez mais necessário.
Não há nenhum exagero em usar um creme ali outro aqui; não pode existir nenhum tipo de vergonha em querer ser e estar belo por inteiro. A conquista da beleza também é a conquista da vida: quem se faz belo costuma ver a vida com mais beleza e engrandece como homem cada vez que se olha no espelho e o espelho reflete uma aparência saudável, alegre, cheia de uma bela disposição de vida. Cuidar da beleza é cuidar da vida.
* E a vida precisa sorrir sempre linda
terça-feira, 9 de março de 2010
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