quarta-feira, 31 de março de 2010

Operários brasileiros ainda estão em construção

Não há nada mais desgastante do que lidar com o operário brasileiro, especialmente o que você convoca para fazer qualquer servicinho em sua casa. Os operários da construção que trabalham como autônomos é que precisam ser construídos com bases sólidas de responsabilidade, de respeito por quem o contratou e de honestidade. Se você precisa fazer um servicinho qualquer em sua casa, mesmo que seja apenas trocar a carrapeta de uma torneira, terá um desgaste tão grande que até se arrependerá de ter torneiras em sua casa. O operário marca e não aparece, não dá a menor satisfação e é você que está pagando (e pagando caro) pelo serviço que acaba pendurado ao telefone procurando o operário que se responsabilizou pelo serviço. Esse tipo de operário brasileiro está longe, muito longe de saber o que é ser um bom e correto profissional. Não importa se ele é semi-analfabeto e se acha que dá um duro danado para sobreviver. Profissional precisa ser correto em qualquer área profissional. Já imaginaram se um cirurgião marca a cirurgia para determinado horário e só aparece dias ou horas depois?
O operário brasileiro vive reclamando que não tem emprego, que falta trabalho avulso, que ganha mal (mas cobra bem). Isso só acontece porque a sua incompetente irresponsabilidade faz com que qualquer um de nós desista de contratar qualquer serviço porque sabe que ficará sem o serviço, às vezes até sem o dinheiro que adiantou e sem paciência. Não importa o setor: a verdade é que não há em nada qualquer respeito ao consumidor. Essa falta de respeito só acabará quando o consumidor reagir, seja na hora da compra de qualquer produto ou para contratar qualquer serviço. De saída nada de pagar adiantado por um trabalho que ainda nem foi prestado. É claro que existem exceções, mas são tão raras que acabamos nem percebendo.
Não gosto de citar exemplos de outros países, mas muitas vezes é no exterior que encontramos um respeito que está longe, muito longe, de existir por aqui. Lembro, por exemplo, que nos Estados Unidos levei meu carro para uma oficina mecânica que se comprometeu a fazer o conserto e devolver o veículo ao meio dia do dia seguinte. No horário marcado o automóvel estava prontinho e a minha espera. Se fosse aqui eu é que provavelmente teria de ouvir mil desculpas esfarrapadas e esperar dias e dias. A mesma coisa aconteceu com um pedido de telefone e a atendente informou que as tantas horas do dia seguinte o telefone estaria instalado. Não deu outra: no horário marcado o telefone estava instalado e funcionando, o que por aqui só acontece por milagre.
O operário brasileiro, especialmente o do setor da construção precisa urgentemente construir-se como profissional. Do contrário continuará desempregado e reclamando da vida. E o que é pior: reclamando de uma vida que por irresponsabilidade profissional ele mesmo está construindo. Ou destruindo.

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