sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

BRASIL NÃO PODE FUGIR DO JOGO DA VERDADE

“O único meio de evitar a repetição do passado é contando a história de verdade” – a declaração é de Cezar Britto, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil. É por isso que os judeus vivem repetindo exaustivamente a terrível história do holocausto. Só mantendo viva a memória dos povos é que atrocidades como aquelas não se repetirão. A verdade, aliás, parece estar permanentemente na simplicidade verbal dos discursos, inflamados ou não do presidente Lula e é em nome de uma verdade que o presidente tanto parece preservar que está na hora de contar ao povo a verdade sobre o que aconteceu - e não foi pouca coisa - nos porões da ditadura que tanto atrasou esse país. A Argentina, país com o qual ainda temos muitas desavenças, especialmente no futebol, acaba de nos dar uma goleada fora de campo ao abrir os arquivos de uma ditadura que vigorou naquele país entre 1976 e 1983. O jogo da verdadeira democracia continua lá como cá e não é só no campo de futebol que o Brasil precisa mostrar ao mundo que é craque. Ainda estamos perdendo esse jogo para os argentinos, mas ainda é tempo de reagir e mostrar que o Brasil não pode perder, principalmente no jogo da democracia - uma partida da qual, como os argentinos também podemos sair vitoriosos. O Brasil não precisa continuar escondendo a sua verdade, qualquer que seja essa verdade, especialmente dos brasileiros.

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