domingo, 20 de dezembro de 2009

COPO NA MÃO,LIVRO NA OUTRA: CERVEJA TAMBÉM É CULTURA

Está redondamente enganado quem pensa que entender de cerveja é coisa de homem. É uma mulher, a biersommelier Káthia Zannata quem experimenta e aprova todas as cervejas fabricadas pela Schincariol, inclusive as artesanais que pertenciam a Baden Baden e a Eisenbahn, pesquenas produtoras de Campos de Jordão adquiridas no ano passado pela Schin. A biersommelier ensina que a profusão de rótulos artesanais está fazendo com que, assim como aconteceu com os vinhos, se aprenda a harmonizar as cervejas com as comidas. Se quiser entrar para esse time de “conhecedores” anote aí essa dicas: 1) pratos de sabor leve devem combinar com cervejas também leves; 2) procure unir doce ao doce e ácido ao ácido; 3) de vez enquanto esqueça as regras e faça novas experiências testando o contraste de sabores; 4) escolha a cerveja de acordo com o prato, exatamente como acontece com os vinhos, ou seja, as escuras (Ale) são como o tinto e as claras (Lager) com o vinho branco; 5) se for organizar um “Beer Dinner” sirva primeiro as cervejas e os pratos mais leves; 6) saiba que o CO2 presente na cerveja age para limpar os sabores fortes e gordurosos deixando a boca pronta para outra garfada; 7) se pedir um prato apimentado evite cerveja muito alcoólica: o álcool intensifica a força da pimenta; 8) não consuma sabores iguais porque reduzem a percepção. Exemplo: cerveja defumada combinando com prato defumado diminui a percepção da defumação em ambos; 9) como acontece com os vinhos também existem cervejas para combinar com a sobremesa como, por exemplo, a Imperial stouts com chocolate meio amargo e a Kriek belga com sorvete de baunilha ou cheesecake; 10) cervejas com bastante açúcar residual combinam com pratos de molhos adocicados e molhos agridoces.
Se quiser ficar um craque em cerveja existem muitos livros para serem, digamos, “degustados”, entre os quais "O Livro da Cerveja” (Editora Nova Fronteira), “Larousse da Cerveja” (Editora Larousse), “Catecismo da Cerveja” (Editora Senac), e a “Revista Beerlife” (Editora Regenzza). É sempre mais saboroso e menos perigoso saber o que (e como) se está consumindo. Saiba ainda que as cervejas artesanais são mais cremosas porque consomem 45 dias para ser produzidas enquanto as chamadas comuns saem do “forno” em apenas seis ou sete dias. Como se vê, cerveja também é cultura.

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