quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
O PASSADO SÓ SERVE SE TIVER FUTURO
Ufa! O no ano está ao e pelo menos nos próximos 365 dias estaremos livres das chatíssimas retrospectivas que invadem jornais, revistas, emissoras de rádio e de televisão. Tudo bem que é o passado que escreve a nossa história, mas não existe nas repetitivas retrospectivas nenhuma criatividade. Também já fiz (e mandei fazer) muitas retrospectivas, mas nunca aceitei que esse fosse (e seja) o único recurso para fazer jornalismo nos últimos dias do ano. É, até sei, uma maneira de adiantar o expediente para poder curtir o clima festivo (também chatíssimo) de todo final de ano. Está na hora de mudar e de criar: quem sabe se a partir dos fatos do passado a retrospectiva não fique mais interessante e bem menos chatas se os fatos passados venham acompanhados de uma análise do que representarão no futuro. Não falo em fazer um joguinho de adivinhações como costumam ser as previsões, mas sim de analisar o que passou e o que isso pode representar no futuro, no novo ano. Nada do que aconteceu deve ser visto jornalisticamente como um acontecimento ultrapassado. Até porque se é verdade que o passado escreve a nossa história é verdade também que determina e ajuda a escrever nosso futuro. E, convenhamos, o futuro é muito mais importante do que o passado. Inclusive nas retrospectivas.
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