Mesmo quando geram desconfiança (ou seja, sempre) as pesquisa ajudam, mas em alguns casos nem é preciso pesquisar para enxergar uma verdade. Por exemplo: não é necessária nenhuma pesquisa para saber que o maior sonho da maioria das crianças e adolescentes do país sonha ser jogador de futebol. Esse é um sonho alimentado não só pelo mais popular esporte brasileiro, mas principalmente pela possibilidade de meninos pobres ficarem ricos e famosos, o que como muitas outras coisas no futebol e no esporte de uma maneira geral, também é pura ilusão. A mídia costuma abrir espaço para os atletas que conseguem fama e fortuna aqui e muito mais no exterior. Essa não é a futebol: a maior parte dos atletas recebe salário pequeno (não são salários miseráveis se comparados ao salário mínimo), que pode até lhes garantir um presente mais confortável, mas não é nenhuma garantia para o futuro.
Não são poucos os jogadores que encerram suas curtas carreiras sem um tostão furado na conta bancária e muitas vezes sem família e até sem lugar para morar com o mínimo de dignidade. É em nome dessa maioria de futuro incerto que se faz mais importante apoiar o projeto de Zico na criação de uma espécie de Casa dos Artistas que ampare os jogadores em dificuldades. É uma idéia que deve merecer não só o irrestrito apoio da CBF, mas de todas as entidades do esporte (dos empresários também) - até porque não deve limitar-se ao amparo de jogadores de futebol, mas sim de todos os atletas. Se o sempre craque e bem intencionado Zico conseguir implantar o projeto estará marcando sem dúvida o mais belo gol de sua carreira. Essa é uma bola que ninguém, mas ninguém mesmo, que gosta de esporte deve deixar passar ou jogar pra fora. (Eli Halfoun)
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