Cinema, televisão (especialmente as novelas) e música (principalmente do dos Beatles que mudaram o mundo em vários aspectos) exercem não é de hoje uma enorme influência no comportamento humano. Muitas vezes pode ser apenas um passageiro modismo. Apesar de todas as influências ainda é o dinheiro e o poder aquisitivo que determinam as maiores mudanças, como está acontecendo ultimamente. Nesse tempo de maior poder de compra ainda assim o comportamento popular na hora de fazer compras está mais atento e econômico. A maioria dos consumidores mudou o estilo de escolha: não se ilude com os preços mais caros e tem procurado, sejam roupas, produtos de higiene e alimentação muito menos as marcas de sucesso e muito mais as que custam menos, mas nem sempre são de qualidade muito inferior. O que manda hoje é o preço. Quer dizer: vai para o carrinho o que é mais barato. Também na hora do lazer a escolha tem recaído em bares mais baratos e aqueles que servem cerveja (custa menos do que o chope e rende mais). Nos restaurantes é a mesma coisa: os escolhidos são os que servem um prato que atende a duas pessoas ou um restaurante em que o quilo não seja exagerado. Restaurantes a quilo não são, pelo menos para mim, muito confiáveis: se você paga, por exemplo, dois reais pelo suposto quilo de bacalhau, também paga dois reais pela alface ou batata. A verdade é que o brasileiro da nova classe média está finalmente aprendendo a não jogar dinheiro fora e, o que é mais importante, a fazer valer a sua força de consumidor.
Somos nós consumidores que com nosso poder de compra podemos determinar o real valor das coisas. Para isso basta que deixemos encalhados os produtos que nos assaltam e passemos a consumir apenas os que apresentam preço mais justo. Nesse aprendizado o brasileiro de classe média está se adaptando a um saudável comportamento de consumo. Assim já é possível encontrar em muitas esquinas o churrasco comunitário reunindo amigos que dividem a despesa: sai muito mais barato don que reunir m um restaurante caro. Também diminuiu a saída noturna em grupos: agora as reuniões. Sempre também divertidas, são feitas em casa com despesas divididas. São mais seguras para o bolso e para o corpo.
Estamos aprendendo a poupar e a dividir. Saber dividir o dinheiro das despesas também é exercitar a democracia. Importante é que o brasileiro está redescobrindo o ser humano. Essa é, com ou sem dinheiro, a melhor e a mais real forma de viver. Talvez a única. Então, vamos aproveitar. (Eli Halfoun)
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
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