sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

CRÔNICA - Direitos humanos

“Se levarmos os direitos humanos a sério temos de demonstrar que nos preocupamos com a penúria, Os direitos humanos fundamentais – o direito a uma vida digna, à alimentação e aos cuidados de saúde básicos, a oportunidade de educação e trabalho digno ou a não ser alvo de qualquer tipo de discriminação é precisamente aquilo que a população mais pobre do mundo precisa”.
São trechos do pronunciamento do Secretário Geral das Nações Unidas, Kofi Annan feito em 2006 e que até hoje soa como nada diante da realidade que persiste no Brasil onde os diretos humanos estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) não foram entendidos e muito menos cumpridos. Não há motivo para comemorar todo dia 10 de dezembro o Dia Internacional dos Direitos Humanos que só tem sido lembrado com discursos e palavras que nada significam: os direitos do povo continuam sendo esquecidos ou usurpados e o que se pratica por aqui são atos de caridade, ou seja, exatamente o que o documento das Organizações das Nações Unidas não recomenda em hipótese alguma.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos completou exatos 59 anos, mas pelo visto mais 50 anos serão necessários para que os reais direitos humanos sejam mais do que um documento ou um amontoado de discursos. A população carente, que não se beneficia de direito algum (pelo contrário cada vez lhe tiram mais do que já não tem) não precisa de discursos ou de boas intenções. O povo tem fome e fome se mata com comida, com educação, com saúde. Com vida digna.
Como queria a Declaração assinada em 10 de dezembro de 1948 como o primeiro documento internacional que afirmava a universalidade dos direitos fundamentais e a igualdade entre todos os seres humanos. A declaração é considerada um marco para a proteção e respeito aos direitos humanos, direitos aos quais, aliás, a maioria da população não tem sequer a chance de se ser respeitada de alguma forma.
Em um não muito antigo pronunciamento do o Secretário Geral da ONU parecia mandar recado aos nossos governantes: “Qualquer pessoa que defenda os direitos humanos, mas não faça nada para promover a segurança ou o desenvolvimento humano perde a credibilidade”.
“Luta contra a pobreza – obrigação, não caridade” é o slogan da Declaração Internacional dos Direitos Humanos, um slogan gritado, repetido, respeitado e que precisa ser seguido. Antes que não dê mais tempo. (Eli Halfoun)

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