Durante anos uma frase de Vinícius de Moraes marcou São Paulo como o “o túmulo do samba”. Se Vinícius estivesse entre nós certamente estaria revendo e reescrevendo sem bairrismo a frase. Faz tempo que São Paulo deixou de ser e em todos os aspectos, o túmulo do samba. A cada ano as escolas de samba de São Paulo montam desfile quase tão grandioso e luxuoso quanto o que acontece no Rio. Os desfiles de sexta-feira e de sábado foram esse ano um espetáculo deslumbrante em enredos criativos, em luxo e também no dizer no pé de seus integrantes. A verdade é que quem não sabe que o desfile acontece em São Paulo acontece diz com convicção que se trata de um desfile do Rio.
As escolas de samba paulistas melhoraram muito desde que começaram a importar know-how do Rio, com carnavalescos, madrinhas de bateria, destaques, mestre-sala e porta-bandeiras. É assim mesmo que funciona: levam para lá a experiência carioca, investem alto para adquirir conhecimento e o que é mais importante aprendem tão bem que acabam realizando desfiles que ainda devem aos do Rio, mas pouco já não devem tanto. Uma das provas da evolução das escolas de samba paulistas é que o desfile passou a ser parte integrante das transmissões carnavalescas da Globo que enfim reconhece nas escolas de samba paulistas a importância como qualidade e como alternativa de boa audiência. (Eli Halfoun)
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