quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Desfile das escolas de samba jamais perderão o interesse na televisão

O colunista Alberto Pereira Jr. da Folha de São Paulo publicou na terça-feira de carnaval que a transmissão da Globo no primeiro dia (domingo) do desfile do grupo especial das escolas de samba perdeu em audiência para dois programas (“Domingo Espetacular” e “Repórter Record”) da Rede Record. Uma vitória com apenas dois pontos de diferença. É claro que esse é um dado que se refere somente a preferência dos telespectadores de São Paulo e não reflete o resultado geral da audiência no país, especialmente no Rio. Não significa, como se quer fazer crer, que o público esteja perdendo o interesse de ver pela televisão o grandioso desfile das escolas de samba que continuam fazendo um espetáculo maravilhoso e sem dúvida o maior do mundo. Talvez o público paulista tenha se fartado de ver suas próprias e menores escolas e procurado outra opção no jornalismo da Record que, convenhamos, venceu por pouco com dois programas que são cópias de atrações da Globo: o “Fantástico” e o “Globo Repórter”. O resultado não deve ter preocupado a Globo por nenhum segundo. A transmissão do desfie das escolas de samba precisa sim sofrer renovação (uma delas é perceber que os repórteres são colocados em verdadeiras saias justas não acrescentando muito (na verdade nada) com informações e mini-entrevistas que só servem para tirar o ritmo da transmissão e, portanto, do desfile do desfile: quando uma escola está “passando” não é preciso dizer muito. Basta mostrar sua evolução que diz tudo. Interromper mesmo antes do início o ritmo do desfile com informações e intervenções geralmente forçadas e desnecessárias é prejudicial. É como se durante a transmissão de uma importante partida de futebol repórteres entrassem no ar enquanto a bola corre em campo para desviar a atenção do jogo que é, como nas escolas de samba, o que realmente interessa. Televisão é imagem e, portanto, é só deixar que a imagem role naturalmente e sem palavras diga e mostre exatamente tudo. (Eli Halfoun)

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