sábado, 18 de fevereiro de 2012

Coração não convive bem com as gordinhas e os gordinhos

O sucesso da modelo gorda (gordinha é gentileza) Tara Lynn nos Estados Unidos e o da também modelo e atriz brasileira Renata Celidônio, de 39 anos, na novela ”Aquela beijo” (ela vive a personagem Marieta) retoma uma antiga discussão sobre a aceitação das hoje gentilmente chamadas plus size, principalmente por elas mesmo. Os argumentos são sempre os mesmos com as gordinhas garantindo que é preciso aceitar-se com os quilinhos (e bota quilinhos nisso) a mais para ser feliz. Felicidade nada tem a ver com esse tipo de discussão: o que pesa na balança, além do excesso de peso, é a saúde. Gordura não é sinônimo de beleza e embora a maioria das gordas tenham rostos muito bonitos duvido que qualquer mulher ou homem esteja feliz carregando aquele peso todo e não só nas costas. Além de incômodo o excesso de peso traz graves conseqüências para a saúde (o coração principalmente) e não são raras as notícias de gordos que saíram de cena, mesmo que se aceitassem na boa, por causa de problemas criados pelo excesso de peso. Nos Estados Unidos, onde existe uma inflação de gordura física, os “robustões” não conseguem fazer seguro de vida porque são considerados uma bomba prestes a explodir. Não sei se no Brasil as seguradoras também criam esse tipo de dificuldade. Na verdade a dificuldade de todo gordo é submeter-se a um severo regime: os gordos não conseguem fechar a boca. Não acredito que os gordos consigam ter uma vida normal: deve ser muito difícil ficar com muitas ações limitadas simplesmente porque a gordura atrapalha muito. Portanto o discurso de que os gordos se aceitam ou precisam se aceitar como é apenas um discurso da boca para fora. Emagrecer é preciso não por uma exposição estética, mas sim e fundamentalmente para não morrer. (Eli Halfoun)

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