domingo, 22 de janeiro de 2012

A vida da gente também está no câncer de próstata

A novela “A Vida da Gente” é o que antigamente chamaríamos de um folhetim meloso, água com açúcar, ou seja, com uma trama que já foi praticamente obrigatória para o horário. Mesmo desenvolvendo a maior dos capítulos em torno das sempre presentes (inclusive na vida real) confusões motivadas pelas relações afetivas, a novela de Licia Manzo não perde a oportunidade de abordar assuntos importantes, não que o amor não seja. Um dos temas é o amor na terceira idade que ao contrário do que se pensa, não está proibido para os velhos. A mais importante abordagem é sem dúvida a do câncer de próstata, assunto do qual a maior parte dos homens de 50 ou mais anos tentas fugir machista e medrosamente. O homem foge dos exames de rotina por puro preconceito (eu diria até burrice) em consultar um urologista com pavor de ter de submeter-se ao exame de toque que ns verdade só é feito em caso de extrema necessidade. Hoje um exame de sangue chamado PSA mostra perfeitamente como a próstata está se comportando e se há necessidade de tratamento. O alerta da novela é se faz ainda mais importante já que o câncer de próstata é o segundo que mais atinge os homens (perde para o de pele) e se diagnosticado no início tem cura praticamente garantida. Mesmo assim os homens resistem com medo da impotência sexual, o que pode acontecer, mas não necessariamente em todos os casos. Em 2009 o Brasil registrou quase 13 mil vítimas fatais do câncer de próstata. A estimativa para esse ano é que surjam aproximadamente 60 mil novos casos de câncer de próstata, o que faz a abordagem do tema na novela ainda mais importante. Principalmente para mostrar que a prevenção é fundamental o que significa fazer um exame de PSA de seis em seis meses e claro com orientação de um urologista.
A próstata aumentada é consequência da idade, mas não significa absolutamente que seja um tumor. Existe medicamento que murchando a próstata adia em muito tempo a necessidade de cirurgia que com o tempo acaba sendo inevitável. O problema é que o medicamento (ainda não existe o genérico porque a patente não caiu) custa caro. Quer dizer: está fora o alcance do bolso e da próstata da maioria dos brasileiros. Como, aliás, quase todos os remédios. (Eli Halfoun)

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