Ao mesmo tempo em que nos deu um belo
exemplo ao estrear no teatro perto de completar 80 anos Renato Aragão falou
demais e foi exemplo de injustiças que não podem ser cometidas. Disse que no
início da carreira foi perseguido e criticado pela imprensa, o que só é verdade
em parte. Se Aragão de der ao trabalho de pesquisar no baú de recortes e revistas
que certamente guarda em casa descobrirá que naquela época em que se
considerava injustiçado também foram escritas reportagens e críticas favoráveis.
Eu mesmo, por exemplo, fui um dos primeiros a reconhecer publicamente o talento
circense de Renato Aragão e nunca lhe neguei apoio e reconhecimento. O
jornalista e escritor Carlos Heitor Cony também abriu espaço de mais de duas
páginas na revista Manchete para falar do circo que o comediante estava resgatando
com talento na televisão. Ocorre que na época em que ainda atuava na Rede Tupi
Aragão tinha um programa de discutível qualidade e a lona do circo só ganhou
colorido e chamou a atenção de todos quando ele se transferiu par a Globo,
assim mesmo contra a vontade de boa parte da diretoria. Aragão venceu os
preconceitos conquistou o público adulto e infantil e se firmou como um dos
nossos maiores e mais criativos comediantes. Só esqueceu de aprender que cometer
injustiças não faz bem para a vida e muito menos para
À carreira de ninguém. (Eli Halfoun)
Nenhum comentário:
Postar um comentário