Os humoristas costumam dizer que o
Brasil é o país da piada pronta. Em época eleitoral nem se fala: o bem humorado
eleitor tem mil motivos para deitar e rolar com piadas, charges, montagens
fotográficas e comentários. O eleitor-internauta deu um show de imagens
publicando dezenas de montagens fotográficas dos candidatos e dos inúteis
debates que travaram e que na maioria das vezes pareciam mesmo uma “zorra total”
a mostrar que “a praça é nossa”.
É um alívio geral saber que por
enquanto (ainda tem segundo turno) a propaganda eleitoral terminou. É um alívio
para o eleitor, cansado de tanta conversa fiada e para os candidatos que não precisam
mais submeter-ser a micos homéricos que, aliás, mostram bem como nossa política
não é levada a sério. Mesmo sabendo que seu voto, amanhã, será fundamental para
definir os rumos do país e, portanto, seu próprio rumo, a maioria dos eleitores
cumprirá apenas a obrigação de votar.
O voto só terá o valor que merece
quando ninguém for obrigado a votar e fizer isso como sem obrigação e como um
cidadão consciente e não por uma obrigatoriedade que não tem servido para nada,
a não ser aumentar estatisticamente o número de eleitores. Votar é fundamental
para estabelecer a grandeza de uma democracia, mas só quando o voto é
consciente e não obrigatório. Até que isso aconteça os candidatos continuarão
ser apenas os bobos das corte dos eleitores que eles candidatos costumam achar
que somos, mas que com bom humor mostramos que não é bem assim. Nunca será.
(Eli Halfoun)
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