terça-feira, 14 de outubro de 2014

A força e a arte da vida


Muitas vezes no pegamos pensando em como viver pode ser visto como um ato de crueldade repleto de dificuldades e de infelicidade. Para começo de conversa nascemos sabendo que um dia morreremos, ou como é mais adequado partiremos não se sabe exatamente para onde. Esse é o único É destino traçado para cada um de nós desde o primeiro ano de vida. Uma visão pouco otimista e pragmática pode realmente nos levar a fazer crer que a vida é cruel especialmente quando damos de cara com a doença seja a nossa ou a de parente próximo e, portanto, querido.
Conviver com a doença dos que amamos é muito mais difícil do que enfrentar nossas próprias doenças porque nos sentimos impotentes diante de um amor que por maio que seja não é suficiente para acabar com o sofrimento de que precisa de cuidados especiais e acima de tudo da doação de uma força que muitas ve4zses não conseguimos reunir nessas complicadas ocasiões nem pra nós mesmos. Ainda assim a grande lição da vida é nunca se abater e se deixar vencer. De uma forma ou de outra com amor e atenção estaremos sempre amenizando as dores e mostrando que valeu e vale a pena viver.
Por mais que tente mostrar-se dura a vida nunca é absolutamente cruel. É       na dor que nossa existência se faz maior - até porque viver não é apenas habitar o paraíso. O paraíso, aliás, não teria a menor graça se a vida não nos colocasse obstáculos para serem vencidos e mostrar que estamos aí para o que der e vier. A impotência diante de alguns momentos da vida é dolorida, mas nos mostra a necessidade de estar fazer-se inteiro em todos os momentos para exercer a vida como um exercício de amor.

Enfrentar os males da vida é o desafio maior do saber viver e de ter existido até aqui em nome de uma única verdade: a de viver. É extremamente dolorida a imposição de conviver com uma doença e muito mais com a dor que muitas vezes nem podemos amenizar, mas é sempre importante saber e mostrar que o fim da vida não é a morte. A morte não é antagônica da vida. Pelo contrário é a certeza de que estaremos sempre vivos e não fisicamente com certeza emocionalmente presentes nas vidas e corações dos que amamos e nos amam.  A vida só é cruel se ficarmos pensando na dor do adeus todo o tempo e não fazemos isso porque sabemos que se morrer é inevitável viver tudo o que a vida nos oferece é fundamental em todos os momentos. Mesmo nos de maior dor. A dor não enfraquece o amor e nos faz sempre maiores diante de todos os sofrimentos e problemas. Se as doenças maltratam na maioria das vezes também nos ensinam a amar com mais intensidade, mais doação e mais ousadia. Só o amor pode e vencer a dor que antecipa um adeus. Ou será um até breve?  (Eli Halfoun)

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