Nelsinho Motta: a redescoberta da vida e da arte como vida

O multimídia Nelson M0tta escritor, jornalista, letrista, produtor musical, descobridor de talentos e acima de tudo gente muito boa está completando 70 anos de idade - um a menos do que os meus já completados 71 e é sem dúvida motivo de festa para seus muitos amigos. Conheci Nelsinho muito jovem quando chegou a Ultima Hora (eu já estava lá) pelas mãos de Samuel Wainer que via no menino de pouco mais de 20 anos de idade um talento múltiplo. Durante muitos anos dividimos a mesma página do segundo caderno da          UH e lembro quando fomos escalados para a cobertura da passeata dos 100 mil que acompanhamos praticamente juntos, mas cada um com um olhar diferenciado para o grande e histórico momento. A ordem, era depois rever uma crônica que foi editada por Moysés Fuks com cada texto ocupando um canto da página  cercada de fotos da passeata cercada por fitos da passeata apenas com legendas com letras de músicas, quase4 tidas que falavam de censura e de reconquista da democracia. Talvez ainda envolvidos pela emoção do momento histórico o texto das crônicas ficaram muito bons valorizados pela ótima edição do Moysés Fuks. Eu e Nelsinho continuamos trabalhando juntos por algum tempo e depois cada um seguiu para um lado, o que nos impossibilitou de outros encontros. O talento de Nelsinho ganhou todos os rumos de sucesso que merecia e merece.  Fiz questão de acompanhar sua jornada com um entusiasmado interesse.  É sempre gratificante perceber que um  colega que esteve profissionalmente ao nosso lado seguiu em frente e venceu em todos os rumos. Aos 70 anos o riso sempre alegre de Nelson Motta faz lembrar do quase menino que conheci na Ultima Hora. De todas as virtudes que sempre mostrou profissionalmente a melhor é a de mostrar que seu segredo foi o de continuar  sempre jovem e, portanto, em busca de novas de descobertas. Nelsinho está sempre redescobrindo a vida e assim redescobre a vida da arte (Ele Halfoun)