Desde cedo deveríamos aprender (e depois ensinar) que o tão ambicionado dinheiro só serve para dar prazer e conforto. Essa lição certamente faria (fará) menos obsessiva a relação que o homem tem com o dito vil metal. A cada vez maior necessidade de ganhar dinheiro (e não só para sobreviver) está diretamente ligada à busca da felicidade, mesmo que saibamos como diz a sabedoria popular, que “dinheiro não traz felicidade”. Não se compra o “ser feliz” com trinta dinheiros.
Repetimos isso, mas não acreditamos no estamos dizendo (ainda falamos muito apenas da boca pra fora) porque no fundo achamos que com dinheiro a felicidade será adquirida (e não conquistada) sem erro, o que convenhamos não faz o menor sentido: ninguém é feliz porque tem dinheiro. Dinheiro não é e nunca será nossa maior riqueza. A maior fortuna do homem é o amor, especialmente o coletivo e, portanto, a felicidade. Assim como acontece com o amor, também não sabemos definir (às vezes somo estamos felizes nem percebemos), o que aumenta a curiosidade e em conseqüência a procura em torno dessa “tal felicidade”.
Entender a felicidade é tão importante que agora virou até assunto científico e de saúde: a Faculdade de Saúde Pública de Harvard, nos Estados Unidos, acompanhou 5 mil pessoas por 20 anos e divulgou evidências que também nunca nos permitimos enxergar: pessoas felizes tendem a transmitir essa sensação entre familiares e amigos. Traduzindo: felicidade não é emoção egoísta. Essa é mais uma lição que a vida nos dá, ensinado ainda (está no estudo de Harvard) que tristeza e infelicidade também se propagam, mas felizmente (olha uma forma de felicidade aí, gente) em menor intensidade do que a felicidade. Então, como diz a canção popular “tristeza, por favor, vai embora”.
Um dos pontos mais significativos do estudo da Faculdade de Saúde é a revelação de que ao contrário do que se imagina não é adquirir coisas que nos faz felizes. Pelo contrário: a felicidade é completa com a simplicidade do convívio com a natureza, com os amigos e exercendo a sempre fundamental solidariedade.
Mesmo resistindo a esse tipo de comportamento sabíamos de tudo isso Agora é uma certeza científica que pode (e deve) ser exercida individual e coletivamente. A ciência da felicidade criada em Harvard foi desenvolvida (e nem poderia ser diferente) com a ajuda de novas tecnologias que mapearam o cérebro. As descobertas são utilizadas em hospitais e em políticas públicas. Com isso os professores de Harvard estão estabelecendo o que se convencionou chamar de “índice de felicidade". Ficou claro nesse índice que a área de recompensa do cérebro nos recompensa melhor através da simplicidade. Traduzindo outra vez: se feliz não é tão impossível e difícil quanto queremos crer. Até a ciência já sabe que a felicidade é simples. Nós é que somos complicados. (Eli Halfoun)
sexta-feira, 3 de junho de 2011
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