Essa não! Mais de 400 dias de censura ao jornal O Estado de São Paulo

O jornal O Estado de São Paulo continua proibido judicialmente de veicular qualquer notícia sobre a Operação Boi Barrica pela qual está sendo investigada pela Polícia Federal a atuação do empresário Fernando Sarney. Mesmo sendo uma decisão judicial esse cerceamento à liberdade de imprensa não deixa de ser uma censura em um país que se diz democrático e, portanto, com imprensa livre. Nada impede que esse tipo de mordaça judicial venha a ser imposto a outros veículos de comunicação, o que restabeleceria. de certa forma a censura, jogando no lixo uma luta heróica pela retomada da democracia e, portanto, de uma imprensa realme4nte realmente livre. O Estadão cumpre a ordem judicial, mas não se cala diante da censura e em recente edição publicou com o título “Estado está sob censura há 397 dias” e diz no texto aqui reproduzido na íntegra; “Desde o dia 29 de janeiro, o Estado aguarda uma definição judicial sobre o processo que o impede de divulgar informações sobre a Operação Boi Barrica, pela qual a Polícia Federal investiga a atuação do empresário Fernando Sarney. A pedido do empresário, que é filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o jornal foi proibido pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal em 31 de julho do ano passado de noticiar fatos relativos à operação da Polícia Federal.
. No dia 18 de dezembro, Fernando Sarney entrou com um pedido de desistência da ação contra o Estado. Mas o jornal não aceitou o arquivamento do caso. Não dia 29 de janeiro, o advogado Manuel Alceu Affonso Ferreira apresentou ao TJ do Distrito Federal manifestação em que sustenta a preferência do jornal pelo prosseguimento da ação, a fim de que seu mérito seja julgado”.
Pelo que se vê a proibição de veicula notícias sobre a Operação Boi Barrica é ó para “O Estado de São Paulo”. Então, porque será que os outros jornais também se calam?