Dinheiro seguro é dinheiro guardado em baixo do colchão

De tanto ficar sabendo todos os dias de mais e mais falcatruas, o brasileiro acabou convencido de que atitudes desonestas de todos os tipos só acontecem por aqui. São muitas sim, mas não significam que em matéria de desonestidade somos tão espertos quanto pensamos. A mais nova certamente aportará no Brasil, mas por enquanto é uma preocupação internacional que ainda não nos atinge: o momento é de pânico nos meios bancários internacionais por conta de uma lista que circula pelos serviços secretos de muitos países com nomes e números de contas de milhares de pessoas de 180 países, especialmente em agências de bancos suíços. O que se sabe até agora (o “Financial Times” publicou discreta reportagem sobre o assunto) é que dois ex-funcionários do HSBC de Genebra estão vendendo via e-mail essa lista, que já teria sido comprada por vários países: a Alemanha, por exemplo, teria desembolsado 3 milhões de euros para ter a relação enquanto a lista adquirida (não se sabe por quanto) pela França teria sido repassada para a Itália, Estados Unidos e Inglaterra. Desse jeito não demora muito termos de voltar a guardar dinheiro debaixo do colchão. Vai faltar caixão. Principalmente se levarmos em conta o número de desonestos que ainda circulam livremente por aí.