quinta-feira, 15 de julho de 2010

Adeus do Jornal do Brasil é o fim de uma vida

Infelizmente agora é pra valer: o empresário Nelson Tanure, dono da marca JB, informou oficialmente em entrevista a O Globo que a partir de 1 de setembro o Jornal do Brasil deixa de circular nas bancas para ter apenas uma versão na internet. É triste saber que um veículo de comunicação do porte do Jornal do Brasil, fundado em 1891, tenha sido engolido pelas dificuldades financeiras, como aconteceu recentemente com a Tribuna da Imprensa e certamente acontecerá com outros jornais que ainda lutam heroicamente para manter-se nas bancas. Ao Globo Nelson Tanure disse que será publicado um comunicado informando que os leitores do jornal foram consultados sobre essa mudança que será concretizada ao longo de um mês. NAOIS próximos dias os leitores serão informados sobre os detalhes da mudança. Com o novo formato virtual o JB tirará das bancas, o que é lamentável 17 mil jornais diários e 22 mil aos domingos. Agora o Sindicato dos Jornalistas quer saber da direção do jornal detalhes sobre a migração e de possíveis (eu diria inevitáveis) demissões de alguns (provavelmente a maioria) de seus hoje 180 funcionários que com um heróico esforço mantiveram o jornal circulando (e bem feito) todo durante todo o tempo de uma crise que se anuncia não é de agora. Ao longo dos meus mais de 40 anos de jornalismo acompanhei o fechamento (não aquele que coloca o jornal nas banca, mas o que acaba com ele) de muitos jornais (Ultima Hora, onde trabalhei muitos anos, Tribuna da Imprensa, estive até recentemente, Correio da Manhã, Bloch Editores, onde (editei revistas por mais de 18 anos). Foram sentimentos de perda, de luto. O fim do histórico JB me deixa de luto outra vez. Não só eu,mas o jornalismo que mais do que uma profissão é para a maioria dos profissionais, uma verdadeira missão e uma grande paixão. Para nós, profissionais, jornal não é apenas um amontoado de papel com notícias. É uma vida.Mais uma que se vai,

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