sábado, 24 de julho de 2010
CBF leva "elástico" e paga o maior mico
O episódio envolvendo o nome de Muricy Ramalho no comando técnico da seleção mostra que muita coisa precisa mudar a começar pela CBF que começou fazendo tudo errado justamente no momento em que propõe uma renovação total (que, aliás, deveria incluir a própria CBF) no futebol do nosso selecionado. Um órgão com a força e a experiência da Confederação Brasileira de Futebol deveria saber que não se pode anunciar qualquer tipo de contratação antes que se tenha um compromisso assinado (na vida como no jogo do bicho vale o que está escrito). Convite e reunião não significam absolutamente nada como bem mostrou o episódio Muricy Ramalho. Antes de levar um desmoralizante não pela cara a CBF deveria ter consultado o clube que tem o técnico sob contrato para saber se ele seria liberado. Resultado: a CBF teve de pagar um mico dos grandes. Bem feito: talvez assim aprenda que, como diz a sabedoria popular, apressado come cru. O episódio mostra também que já se foi o tempo em que todos os técnicos sonhavam dirigir a seleção brasileira e não havia nada quer os impedisse de fazer isso. Agora parece não ser mais tão importante assim: se fosse tanto o Fluminense quanto Muricy teriam dado um “jeitinho” que, afinal, essa é uma característica brasileira. Com o não de Muricy engasgado a CBF tratou de convidar Mano Menezes. Será que o Corinthians vai deixar?Não é só a seleção que precisa ser renovada nos próximos quatro anos. Esse é também o momento adequado para que a imprensa se renove na forma de cobrir a seleção e os comentaristas aprendam que não são como sempre pretendem ser, os técnicos do selecionado e não tem como acreditam qualquer poder para indicar jogadores de sua preferência. É claro que nesse momento torcida e jornalistas estão esperançosos, qualquer que seja o técnico. Resta esperar a primeira convocação que certamente terá nomes que desagradarão os comentaristas-técnicos para saber como continuará sendo o comportamento da imprensa e da torcida. A questão é saber se o novo técnico (nem me arrisco a dizer o nome) também será covarde e cruelmente apedrejado como Dunga foi. A mudança exigida agora não deve limitar-se ao time. Deve ser feita em todos os setores envolvidos com a seleção brasileira. Na CBF e na imprensa principalmente.
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