terça-feira, 5 de novembro de 2013

Novelas não precisam ser só dramalhões. Humor também de ter espaço

Será que novela só funciona se tiver personagens problemáticos, desencontros afetivos, distorções morais, enfim uma penca de problemas como se os telespectadores já não tivessem os seus para tentar conviver com eles? Sai novela entra novela os dramalhões se repetem e se olharmos diretinho são sempre os mesmos, especialmente no que diz respeito aos encontros afetivo. Certamente o público anda cansado de tantos problemas jogados em sua cara no horário nobre. Será que o bom humor não seria mais adequado para prender a atenção do público que precisa e usa a televisão muito mais como uma forma de espairecer e esquecer o seu também complicado dia a dia. Em qualquer folhetim personagens mais leves, ou seja, bem humorados, sempre atraem o interesse do telespectador como acontece com a Valdirene de “Amor à Vida”. Por isso mesmo a novela de Walcyr Carrasco sofrerá nos próximos capítulos uma reviravolta e mesmo não deixando (nem poderia) completamente de lado a trama o segmento de humor ganhará maior presença na tentativa de não perder audiência. Sabe-se, por exemplo, que Felix passará a vender hot dog com Marcia, que é sua mãe biológica, na Rua 25 de março. Essa é apenas uma das mudanças: a novela também ficará mais bem humorada com as aulas de etiqueta de Valdirene e com o grupo musical formado por Carlito. Talvez seja mesmo o momento de repensar as novelas e passar a criar tramas com maior atenção para a comédia. O público quer e precisa relaxar e esse pode ser um bom começo para mudar o ritmo e talvez a história da teledramaturgia. (Eli Halfoun)

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