terça-feira, 12 de novembro de 2013
Ninguém mais vende produtos. Só se vende a esperança do prêmio
A necessidade de levar vantagem está mais presente no momento na busca de consumidores para todo o tipo de produto. Você compra o refrigerante tal, a cerveja, o automóvel e até a alimentação se o fabricante oferecer mais do que o produto: hoje ninguém compra só o produto. Estamos comprando a ilusão de ganhar prêmios alguns como anunciam milionários. Vem cá: não dá para desconfiar que produtos que oferecem tantas vantagens para aumentarem suas vendas é porque não garantem a boa qualidade do que oferece? Talvez essa necessidade incentivar o consumo esteja ligada também ao fato do consumidor ter mudado seus hábitos e agora só compra o que realmente é realmente necessário e útil. A farta distribuição de prêmios incentiva a brasileiríssima cultura do levar vantagem em tudo e no caso de produtos de higiene, perfumaria e outros a qualidade do produto é o que menos interessa. Importante é co0mprar junto com o produto a esperança de ganhar um prêmio (qualquer que seja) só para contar (e levar) vantagem. A impressão que fica é a de que quem não oferecer nada em troca além do próprio produto ficará fatalmente com a mercadoria encalhada.
Até a mídia não acredita que pode vender apenas o jornal ou a revista: quase todos os veículos expostos em bancas oferecem aos leitores algum tipo de vantagem. É nesse caso uma prática antiga com a qual nunca concordei enquanto no comando de revistas e jornais. Acredito que ofertas e prêmios e vantagens vicia o leitor que passa a comprar o jornal ou a revista apenas pelo prêmio. Quando o festival de prêmios chaga ao fim os leitores também debandam. São raros os que continuam comprando o jornal ou revista depois que perdem a esperança de ganhar um prêmio, levar vantagem por menor que seja. Convenhamos que isso não é vender o jornal, a revista ou outro produto. Na verdade o que se vende agora é o prêmio, o que é um contra-senso: prêmio não é para vender. É paras dar. (Eli Halfoun)
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