domingo, 10 de novembro de 2013
Televisão não pode ser um "pátio de milagres" que cobra e paga por tudo
O afastamento do chamado bispo Valdemiro Santiago (Igreja Mundial) da Bandeirantes (canal 21) coloca novamente em discussão a exagerada comercialização de horários e mais horários arrendados a altíssimos preços para pregações religiosas e muito mais para a arrecadação de dízimos e mais dízimos tirados principalmente de quem nada tem. O afastamento de Valdemiro Santiago (vinha atrasando o pagamento mensal do aluguel dos horários) não fará com que a emissora ganhe novos e necessários programas: os mesmo horários foram cedidos ao bispo Edir Macedo (Igreja Universal). O que se discute é até quando será permitido transformar em balcão de negócios uma concessão do governo. Emissoras de televisão são concedidas a grupos financeiros de comunicação que se comprometem a gerar programação de entretenimento, informação e cultura (além de empregos), mas quando os horários são alugados como imóveis caros a televisão passa a ser apenas um (bom) negócio e deixa de ser útil como se comprometeu na documentação entregue e exigida pelo governo. Quando ganha a concessão de mão beijada - beijada principalmente pelas muitas maracutaias que sempre acontecem nessas disputas. Emissoras de televisão não podem ser um shopping que vede esperança, bíblias e todo tipo de objeto que supostamente salvarão os fiéis dos males da terra, ou seja, terá de esperar até chegar ao céu, se chegar, mas essa já é outra discussão e religião não se discute como diz sabiamente a verdade popular
Fiéis dos templos de Valdomiro Santiago reagem dizendo que a Rede Record é uma emissora controlada pela Igreja Universal do Reino de Deus. É e todo mundo sabe disso. Acontece que a Record só utiliza a madrugada para a programação Iurd de pregação religiosas. De resto é uma emissora de televisão que mal ou bem está criando empregos, programas, jornalismo e briga pela audiência do mercado. Sem vender seus horários, ou melhor, vender os horários que como concessões pertencem mesmo é ao povo. (Eli Halfoun)
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