sábado, 19 de maio de 2012

Fé demais faz Bandeirantes perder muita audiência

Até o mais leigo dos telespectadores sabe que a maior ambição de uma emissora de televisão é conquistar cada vez mais audiência e, portanto, mais público, mais credibilidade e mais fundamentais anunciantes. Mas esse não parece ser exatamente e o pensamento da Rede Bandeirantes: a emissora preferiu perder audiência e credibilidade para ficar com os R$ 300 milhões anuais de faturamento garantido com a venda de horários para as igrejas evangélicas, ou quaisquer outras que se dispuserem pagar. Segundo informação do jornalista Ricardo Feltrin a Bandeirantes perde 85% de audiência no horário nobre quando a emissora passa a ser ocupada pela pregação de R. R. Soares. A opção da Bandeirantes por essa digamos operação comercial é cômoda para a emissora, mas complicada para seus contratados. Qualquer programa depois do “boa noite” de Soares começa do zero e tem de travar uma luta inglória para conseguir míseros pontinhos no ibope. Em outras palavras: a Bandeirantes que tem até programas recomendáveis e profissionais de talento prefere rechear a conta bancária transformando-se em uma feira da fé e deixando de lado a principal função de uma emissora de televisão de verdade que tem como função obrigatória fornecer ao público lazer, informação e cultura. Apenas vender horários não tem nada a ver com a concessão de um canal, o que é uma pena já que a Bandeirantes poderia ter muito para oferecer ao público. Se a moda pega todas as emissoras acabarão virando apenas um balcão de negócios religiosos, ou seja, um segmento dos negócios em quês e transformaram as próprias igrejas. (Eli Halfoun)

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