quarta-feira, 23 de maio de 2012

Enxergar racismo onde não existe também é ser racista

Racismo não dá pé: é crime, é absurdo, é desumano. Portanto qualquer forma de racismo deve ser combatida, denunciada e condenada, o que faz importante que o assunto esteja sempre na mídia para ser combatido de forma transparente. É fundamental abolir de qualquer peça de comunicação atos e imagens racistas, mas é preciso também tomar muito cuidado para não ver racismo onde não existe e assim ocupar espaço na mídia. Não é a primeira vez que enxergam demais e exageram nos protestos. Agora foi o clipe do cantor negro Alexandre Pires que ganhou o exagerado carimbo de racista. Basta ver o clipe para perceber que não há nada de racista na brincadeira que Alexandre Pires fez com os gorilas. Em nenhum momento do clipe existe qualquer insinuação racista, mesmo porque Alexandre Pires é negro e o único racismo em que pode se envolver é como vítima. Nunca como autor de um racismo do qual ele certamente já foi vítima e sabe que precisa ser banido da sociedade. Depois vetaram anúncio da DuLoren sob a alegação de que se tratava de uma peça racista, o que também não é. O Fica parecendo que alguns órgãos que defendem o fim do racismo racial, precisam mostrar serviço e procuram racismo em qualquer coisa. É inegável que o racismo - e não só o racial - ainda existe no Brasil, mas é preciso mais do que certos exageros para acabar com ele. Para abolir o racismo definitivamente da sociedade é necessário acima de tudo seriedade em torno do assunto. Exageros sem sentido também são e reforçam uma maneira de exercer o racismo. (Eli Halfoun)

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