quarta-feira, 30 de maio de 2012
Bom humor do comercial da cerveja Schin não é preconceito
É realmente necessário lutar contra qualquer tipo de preconceito ou de situações que de uma forma ou de outra exponham ridiculamente alguns setores da sociedade, mas ante de qualquer protesto é preciso não cometer os mesmos exageros do que se reclama. Agora são as associações que reúnem gays, lésbicas e simpatizantes a pedir que o novo comercial da cerveja Schin seja retirado do ar (censura é tão ruim ou pior do que preconceito) porque estaria incentivando o preconceito contra travestis que também estariam sendo ironizados no bem feito e criativo comercial. Exagero: o anúncio apenas brinca com uma situação mostrando com bom humor e música um homem que se aproxima de uma mulher e só de perto descobre que se trata de um travesti, o que o deixa surpreso e vira motivo de piada para seus companheiros. A situação é perfeitamente natural e até porque não existe homem que se aproxime de uma mulher e se espante ao descobrir que está “cantando” um homem. A inusitada situação realmente provoca risos e brincadeiras dos companheiros de copo, o eu não acontece por preconceito, mas sim por tratar-se de uma situação pouco comum. Conheço muitos travestis famosos desde os tempos de “Les Girls”, o primeiro show com homens travestidos. Na época fui o único jornalista a dar força (no jornal Ultima Hora) ao espetáculo e aos hoje reconhecidos talentos de entre outras (ou outros) Rogéria, Valéria e Jane Daí Castro, só para citar três exemplos. A aproximação profissional com esses artistas me permitiu presenciar muitas vezes a situação que agora se repete no comercial da cerveja e que nunca foi vista pelos envolvidos como preconceito ou brincadeira de mau gosto. Os gays conquistaram (continuam conquistando) um grande e merecido espaço e não só na área artística e por isso mesmo não se pode continuar enxergando preconceito em tudo. O comercial da Schin apenas brinca (bom humor é fundamental na vida) com uma situação que s tornou muito mais comum do que se pensa. Não perceber isso é jogar fora todas as conquistas obtidas até agora. (Eli Halfoun)
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