sexta-feira, 18 de maio de 2012
CRÔNICA ------ Caminhando e cantando
Caminhando e cantando – a música de Geraldo Vandré reafirma a importância de caminhar. Andar por aí, de preferência com lenço e com documento, mas se cartões de crédito, é a melhor maneira de relaxar, de passear e de conhecer o seu bairro e a sua cidade. É caminhando que esbarramos no sorriso de quem nem conhecemos e sorrir o mesmo sorriso, a mesma esperança e o mesmo amor que de uma forma ou de outra é o que acaba unindo as pessoas. Caminhar anda é muito difícil não só por conta do medo que nos faz prisioneiros de nós mesmos, mas também por absoluta falta de espaço. As cidades ditas grandes não costumam respeitar os pedestres, o que torna quase impossível caminhar pelas calçadas e ruas com excesso de automóveis e de motoristas mal educados e valentões. Tem também um cada vez maior número de camelôs, que têm sim o direito de trabalhar, mas não o de ocupar todos os espaços de todas as calçadas.
As cidades precisam respeitar mais os seus pedestres e abrir caminho para que possam caminhar.
Caminhar é preciso para liberar as tensões e emoções e poder não só ver as vitrines (comprar está impossível). Quando caminhamos reencontramos a cada passo a liberdade de ir e vir e nos entregamos aos pensamentos dos quais na maioria das vezes procuramos fugir. Caminhar é também e principalmente reencontrar-se. Os pedestres precisam de espaço para caminhar, ou seja, o povo precisa ser olhado e respeitado pelo menos nas calçadas. Para isso é preciso também mais respeito e mais espaço em tudo. Para que a caminhada também seja feliz na vida de uma maneira geral. (Eli Halfoun)
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