Um vendedor de sonhos – é assim que Benedito Ruy Babosa, sem dúvida um dos melhores novelistas do país, costuma definir seu trabalho na televisão. Diante dessa perfeita definição penso imediatamente no privilégio que é ser um “vendedor de sonhos”. O sonho é uma digamos mercadoria da qual ninguém pode abrir não. Mais do que qualquer outra coisa é o sonho que nos alimenta todo o tempo e nos impulsiona para conquistas, mesmo que de alguma forma elas não se efetivem.
Todos que se comunicam com o público escrevendo, representando, criando qualquer tipo de arte e, portanto, de vida são fundamentais vendedores de sonhos. Mesmo que não tenhamos nenhuma dessas profissões todos somos vendedores de sonhos no dia a dia de contato com as pessoas. Um encontro significa sempre a possibilidade de despertar para mais um sonho.
Mesmo quando a vida fica mais difícil - e isso prece ser todos os dias - os sonhos não nos abandonam. É neles que plantamos esperanças em busca de certezas. O sonho nos mantém vivos e inteiros até quando estamos em frangalhos. Nada é mais importante do que a capacidade de sonhar e através do sonho redimensionar a vida, buscar força para nunca se deixar destruir.
A maioria de nossos sonhos não se realiza, mas isso não nos desanima: estamos sempre prontos para um novo sonho, uma nova esperança, uma infinita busca de realização.
Se o sonho de hoje não se concretiza não tem muita importância. O sonho é assim mesmo: o não concretizado sonho de hoje pode concretizar-se amanhã.
Importante é que nunca se perca a capacidade de sonhar. Sonhar acima de tudo a imensa capacidade e sabedoria de viver. Afinal, viver é um sonho que só acaba com a morte. (Eli Halfoun)
domingo, 4 de dezembro de 2011
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