terça-feira, 27 de dezembro de 2011

CRÔNICA ---- Remédio sonhado

A saúde da maioria do povo em mãos dos falidos hospitais públicos espalhados pelo país. Parece que a “doença” dos hospitais, quase todos em fase terminal, não tem cura. Por isso mesmo até o mais pobre dos mortais faz todo tipo de sacrifício para poder pagar mensalmente as extorsivas prestações que lhe darão a garantia (nem sempre tão garantida assim) de atendimento através de um plano de saúde, mesmo que seja uma espécie de INSS disfarçado.
Os planos de saúde ditam as regras do mercado impondo preços e severas “leis” sempre prejudiciais a quem paga - como se estivesse fazendo um grande favor ao associado que é quem sustenta (pagando alto, muito alto) os planos - esses mesmos planos que acabam impondo um novo (e como sempre abusivo) aumento. Cobram muito, mas pagam mal aos médicos e laboratórios. Quer dizer: não prestam nenhum serviço. Só querem lucros. E cada vez mais.
Ministros da saúde da saúde até se empenham em melhorar o cada vez mais necessário atendimento público. Enquanto a saúde não for tratada como um bem realmente público (e aí ninguém precisaria de plano de saúde) muitas empresas oferecem já aos empregados (cobrando, é claro) as “regalias” de um plano médico, como se tratar da saúde da população fosse um imenso favor e não uma obrigação.
O governo tem subsidiado tantas coisas que talvez a pergunta até caiba: não seria mais lógico e eficiente subsidiar para o povo os Planos de Saúde? O governo pagaria uma parte (como já faz com várias outras coisas), as empresas a outra e assim a população estaria bem atendida. Não precisaria mais sofrer e morrer nas filas dos também doentes hospitais públicos. Mas eu sei esse é apenas mais um sonho de ano novo. (Eli Halfoun)

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