quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

CRÔNICA ---- Certezas e incertezas

O ano está indo embora e já vai tarde. Essa é uma das certezas que o ano que acaba nos deixa porque não queremos escrever novamente na nossa história a vergonheira política e outras mais com as quais tivemos de conviver em 2011. Na verdade aturar.
2012 está chegando (como sempre chegam tudo e todos s novos anos) cheio de esperanças e de incertezas que são uma constante na vida. Se tudo fosse absolutamente certinho, se soubéssemos tudo o que acontecerá viver certamente não teria a menor graça: seria repetitivo e extremamente monótono.
Uma certeza que podemos ter é a de que se depender de avião para chegar certamente chegará com horas e horas de atraso depois de enfrentar o eterno caos nos aeroportos. Desse jeito é grande o risco de 2012 só chegar em 2013.
Outra certeza é a de que por maior que tenha sido a boa vontade da Presidência da República será impossível viver dignamente recebendo míseros salários com base no novo e já superado mínimo.
Talvez a certeza maior seja a de que dificilmente faremos tudo o que nos prometemos em toda a virada de ano, ou seja, parar de beber, parar de reclamar, fazer dieta, parar de fumar e mais e mais. No começo a gente até tenta, mas sempre com a certeza de que depois dos primeiros quinze dias de “esforço” voltaremos ao normal: continuaremos empurrando o ano com a barriga (aliás, cada vez maior) até o próximo dezembro quando repetiremos as mesmas promessas. Sempre com a certeza de que nada cumpriremos. Exatamente como fazem os políticos.
As incertezas são muitas e maiores, mas a que se faz mais constante está relacionada ao destino que o país buscará. Será que, enfim, o Brasil dará certo? Será que a política e os políticos finalmente descobrirão o que é ser decente?
Cada um de nós pode passar horas falando de incertezas, mas talvez a melhor conduta nesse final de ano é ficar com a certeza, especialmente a certeza de que tudo ainda depende (e sempre dependerá) de nós. Portanto, o melhor é que tenhamos a certeza de nós mesmos (Eli Halfoun)

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